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Lula cobra unidade da bancada do PT no Congresso

Lula lembra racha da bancada, em 2005, que permitiu a eclosão da crise do mensalão

O ex-presidente Lula: cobrando dedicação dos parlamentares do PT (Jeff Zelevansky/Getty Images)

O ex-presidente Lula: cobrando dedicação dos parlamentares do PT (Jeff Zelevansky/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2011 às 14h52.

Sumaré - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou hoje da bancada do PT no Congresso maior unidade em defesa do governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. "Essa unidade é essencial para Dilma governar", afirmou o ex-presidente.

Em encontro de representantes petistas das macrorregiões de São Paulo, organizado pelo diretório estadual e realizado no município de Sumaré, Lula disse que tem recebido pedidos de diversas áreas do partido para que interceda e se reúna com a bancada no Congresso, com o objetivo de garantir sua unidade. Ele disse que não fará isso, por enquanto, mas conclamou os deputados a atuarem de maneira conjunta. "A Dilma precisa saber todos os dias que a bancada está unida".

O ex-presidente observou que a primeira e mais dramática crise política de seu governo, que resultou no mensalão, em 2005, teve início em um momento em que a bancada não estava unida. "Nós temos 88 parlamentares num conjunto de 513", disse. "Quando ocorre qualquer fissura na bancada, não faltam partidos para colocar cunhas com o objetivo de aumentar a divisão."

Lula também disse que os parlamentares petistas devem parar de pensar exclusivamente na manutenção de suas bases políticas. "Precisam dedicar mais tempo ao partido, como se fazia antigamente", afirmou.

Dirigindo-se à militância, de maneira geral, ele conclamou todos a não se intimidar nem abaixar a cabeça diante dos ataques da oposição e da mídia. "A cada vez que o PT se fortalece, eles atacam e achincalham o partido", disse. "O jogo é duro. Não abaixem a cabeça quando começarem a achincalhar."

Ele citou como exemplo de ataques injustos ao partido o episódio do sequestro do empresário Abílio Diniz, ocorrido em 1989, ano das eleições presidenciais, quando ocorreram tentativas de associar o caso à militância petista. Mais adiante, numa referência indireta ao caso mais recente de seu amigo Antonio Palocci, que se demitiu da chefia da Casa Civil em meio a uma onda de suspeitas sobre o rápido crescimento de seu patrimônio, Lula afirmou: "Eu estou de saco cheio de ver companheiro acusado, humilhado, e depois não se provar nada."

Para participar do evento, pela manhã, Lula rompeu uma promessa que havia feito à sua mulher, Marisa Letícia, de que não iria mais a encontros políticos em finais de semana. Amanhã, ele viaja para o México, onde fará palestra remunerada a convite de uma instituição financeira. Estava sendo analisada a possibilidade de um encontro com o ex-presidente Felipe Calderon.

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