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Arce diz que "quem nega o golpe está se alinhando com a direita"

Presidente da Bolívia falou mais uma vez sobre a tentativa frustrada de golpe militar que aconteceu na última semana

O Presidente da Bolívia, Luis Arce (C), e o Vice-Presidente, David Choquehuanca (L), participam da celebração do solstício de inverno e do Ano Novo do povo indígena andino, que marca o início do ano 5532, no sítio arqueológico de Tiwanaku, a cerca de 70 km de La Paz, em 21 de junho de 2024 (AIZAR RALDES/AFP)

O Presidente da Bolívia, Luis Arce (C), e o Vice-Presidente, David Choquehuanca (L), participam da celebração do solstício de inverno e do Ano Novo do povo indígena andino, que marca o início do ano 5532, no sítio arqueológico de Tiwanaku, a cerca de 70 km de La Paz, em 21 de junho de 2024 (AIZAR RALDES/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de julho de 2024 às 07h42.

Última atualização em 5 de julho de 2024 às 07h42.

O presidente da Bolívia, Luis Arce, disse que "aqueles que negam o golpe de Estado estão se alinhando com a direita", uma semana após militares cercarem a sede do governo, em La Paz.

"É um golpe de Estado, está claro. Aqueles que não veem isso estão se alinhando com a direita, estão se alinhando com os interesses antinacionais que estamos combatendo juntos", declarou o presidente boliviano durante a cerimônia de aniversário da União de Conselhos para o Desenvolvimento dos Ayllus em Paz, no departamento de Potosí, na quinta-feira, 4.

O presidente boliviano fez essas declarações uma semana após a ação militar sob o comando do ex-comandante do Exército, general Juan José Zuñiga, que por algumas horas colocou o país em alerta.

Arce agradeceu ao povo boliviano por ter "reagido bem" durante a invasão militar e, por essa razão, confirmou uma mobilização dos setores sociais para 12 de julho.

"(A convocação é) para demonstrar à direita, àqueles que apoiam a direita, àqueles que estão fazendo cálculos eleitorais e não estão pensando no povo boliviano, que o povo boliviano nunca mais permitirá que a democracia seja tirada de suas mãos", afirmou.

Nesta quinta-feira, sindicatos e setores sociais favoráveis ao governo de Arce anunciaram uma mobilização para a próxima semana em La Paz em "defesa da democracia" e para expressar seu apoio ao presidente após o levante militar de 26 de junho.

Os setores planejam se reunir em El Alto, uma cidade vizinha a La Paz, e caminhar de lá até a Praça Murillo, sede dos poderes Executivo e Legislativo.

Na semana passada, militares sob o comando de Zuñiga assumiram o controle da sede presidencial em La Paz por algumas horas.

Depois que Arce substituiu o alto comando militar no mesmo dia, Zuñiga e as tropas se retiraram, o ex-comandante foi detido e agora está em uma penitenciária no centro do país.

Durante sua detenção, Zuñiga acusou o presidente Arce de ter ordenado a ação militar para "aumentar sua popularidade".

Além disso, o ex-presidente boliviano Evo Morales, que é colega de partido de Arce, acusou o governante de ter feito um autogolpe.

Em entrevista à Agência EFE, Arce afirmou que nunca teve uma relação próxima com Zuñiga e que "alguém falou no ouvido" do ex-chefe militar para fazê-lo acreditar que "ele poderia ser presidente".

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