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Lugo acata impeachment, mas diz que lei foi 'distorcida'

''Nesta noite saio pela porta da frente da pátria, saio pela porta do coração de meus compatriotas'', disse Lugo

Presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em foto de 2012 (John Vizcaino/Reuters)

Presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em foto de 2012 (John Vizcaino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 17h14.

Assunção - Após sofrer um impeachment nesta sexta-feira e ser afastado da Presidência do Paraguai, Fernando Lugo disse que se submete à decisão do Senado de afastá-lo do cargo, apesar de, segundo ele, a lei ''ter sido distorcida''.

''Nesta noite saio pela porta da frente da pátria, saio pela porta do coração de meus compatriotas'', disse Lugo em meio a aplausos de seus colaboradores, presentes em sua despedida no Palácio do Governo.

''Hoje não foi Fernando Lugo quem foi destituído, mas a história do Paraguai. Sua democracia foi ferida profundamente, foram transgredidos todos os princípios da defesa de maneira covarde, aleivosa, e espero que seus executores estejam cientes da gravidade de seus feitos'', declarou Lugo.

Lugo pediu a seus partidários para se manifestarem de maneira pacífica: ''que o sangue dos justos não seja derramado nunca mais por causa de interesses mesquinhos em nosso país'', disse.

''Fernando Lugo não responde a classes políticas, não responde à máfia nem ao narcotráfico'', afirmou, em aparente alusão às denúncias nesse sentido contra Horacio Cartes, pré-candidato presidencial ''colorado'' a quem o ex-bispo católico responsabiliza pelo processo contra ele.

''Este cidadão (Lugo) respondeu e continuará a responder ontem, agora e sempre ao chamado dos compatriotas mais humildes e excluídos e daqueles que, gozando do bom viver e inclusive da abundância, sabem que temos um dever de solidariedade'', declarou. 

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