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Londres vive boom de “magrelas” na hora do rush

Censo de mobilidade revela que os ciclistas já representam um quarto do tráfego de veículos nas ruas londrinas. Em algumas vias, eles chegam a responder por 64% do trânsito no horário de pico


	O estudo mostrou ainda que os ciclistas fazem 570 mil viagens em Londres, todos os dias, quase o dobro dos 290 mil idas e vindas registradas em 2001
 (Getty Images)

O estudo mostrou ainda que os ciclistas fazem 570 mil viagens em Londres, todos os dias, quase o dobro dos 290 mil idas e vindas registradas em 2001 (Getty Images)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 29 de abril de 2014 às 12h37.

São Paulo – Os adeptos das magrelas estão mostrando que vieram para ficar e que os planejadores urbanos precisam agir rápido para garantir infraestrutura para esse transporte sustentável. Enquanto Amsterdã, o paraíso mundial dos ciclistas, procura soluções para lidar com os crescentes congestionamentos de bicicletas, a cidade de Londres tem de lidar com uma nova realidade – o “boom” de ciclistas na hora do rush.

Um censo de mobilidade sobre duas rodas feito pela organização Transport for London revela que os ciclistas já representam um quarto do tráfego de veículos nas ruas da cidade durante o horário de pico. A proporção é ainda maior em algumas rotas populares, como a Theobalds Road, no bairro de Holborn, onde as magrelas respondem por impressionantes 64 por cento do fluxo do trânsito.

O estudo mostra ainda que os ciclistas fazem 570 mil viagens em Londres, todos os dias - quase o dobro dos 290 mil idas e vindas registradas em 2001. Ao longo do dia, fora da hora mais crítica, as bicicletas compõem 16 por cento de todo o tráfego rodoviário da cidade.

Números como esses podem se traduzir de forma positiva para a cidade, afugentando críticas e dando suporte para tirar do papel o plano ambicioso do prefeito londrino, Boris Johnson, de implementar um programa de quase um bilhão de libras para expandir a infraestrutura cicloviária de Londres.

Além dos benefícios ambientais e para a saúde, a cidade tem outro bom motivo para apostar nas magrelas. Há dois anos, um estudo feito pela London School of Economics (LSE) mostrou que a prática do ciclismo rende em média 2,9 bilhões de libras esterlinas ao país, cerca de 7,9 bilhões de reais.

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