Descolcamento militar é visto como rotineiro por autoridades britânicas. Argentina vê manobras como ostentação. (Handout/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2012 às 17h31.
Londres minimizou neste domingo a importância do deslocamento militar britânico nas Malvinas sem querer comentar informações da imprensa sobre o envio de um submarino nuclear, condenado pelo governo argentino em meio a uma crescente tensão pela soberania do arquipélago.
"Não há nada provocativo nos movimentos militares totalmente rotineiros. E são totalmente rotineiros", declarou o Ministro das Relações Exteriores, William Hague, à rede de televisão Sky News.
Referindo-se concretamente ao submarino, Hague respondeu: "Normalmente, não fazemos comentário algum sobre o deslocamento dos submarinos, mas nossos navios navais visitam regularmente o Atlântico Sul".
"Resistiremos aos esforços da Argentina de elevar a temperatura com tudo isto", acrescentou Hague no momento em que dois países estão envolvidos em uma guerra de palavras quando se aproxima o 30º aniversário do conflito bélico entre ambos os países pelas ilhas sob domínio britânico desde 1833, reivindicadas pelos argentinas como parte de seu território.
O Ministério da Defesa também se negou a comentar a informação divulgada sábado no Daily Mail sobre o iminente envio de um submarino nuclear para proteger os moradores das ilhas de uma eventual ação militar argentina.
No sábado, o ministro da Defesa argentino, Arturo Puricelli, classificou a suposta intenção britânica de "ostentação desnecessária de poder de fogo".
Segundo o Daily Mail, o primeiro-ministro David Cameron havia aprovado, entre outros planos de contingência, o envio para as ilhas de um dos seis submarinos de propulsão nuclear de classe Trafalgar da Marinha Real, o "HMS Tireless" ou o "HMS Turbulent", ambos equipados com mísseis Tomahawk.
O navio estaria em águas argentinas em abril, segundo a mesma fonte.
A Marinha britânica anunciou nesta semana o envio de um moderno destróier, o "HMS Dauntless", para substituir a fragata que patrulhava as Malvinas, onde o príncipe William acaba de iniciar uma missão de seis semanas como piloto de buscas e resgate da Força Aérea, também classificada como "de rotina".