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Londres considera Conselho Nacional da Líbia um 'interlocutor legítimo'

Apesar do apoio ao órgão rebelde, Reino UNido não confirmou se rompeu relações com o governo de Kadafi

William Hague, chanceler britânico, acredita na criação de uma zona de exclusão área na Líbia (Brendon Thorne/Getty Images)

William Hague, chanceler britânico, acredita na criação de uma zona de exclusão área na Líbia (Brendon Thorne/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 16h44.

Londres, 10 mar (EFE).- O ministro de Relações Exteriores britânico, William Hague, considerou os membros do Conselho Nacional da Líbia "interlocutores legítimos", instância que agrupa às Forças de oposição ao regime do coronel Muammar Kadafi.

"São membros legítimos, interlocutores legítimos", disse Hague em uma entrevista à "BBC" nesta quinta-feira na qual não quis ir tão longe como o Governo francês, que nesta quinta-feira reconheceu os rebeldes do Conselho como os únicos representantes legítimos do país.

"Nós reconhecemos Estados e não Governos. Reconhecemos a Líbia como Estado e qual é o Governo da Líbia é algo que tem que determinar o povo da Líbia em seu devido momento", explicou Hague durante seu retorno de Bruxelas, onde participou em reunião de ministros de Exteriores da UE para tratar, entre outras coisas, da crise líbia.

Hague falou de Bruxelas com os líderes do Conselho, em um diálogo que se estabeleceu há dias.

"Dialogamos e falamos com eles. Os definiria como interlocutores legítimos", insistiu o ministro britânico, que assegurou que mantém contatos com os membros do Conselho para "entender melhor a situação e preparar o envio de ajuda humanitária".

Sobre a possibilidade de intervenção militar internacional, Hague negou que na reunião que mantiveram nesta quinta-feira em Bruxelas os ministros da Defesa da Otan discutissem a possibilidade de realizar bombardeios seletivos na Líbia.

"Não se falou nisso", disse Hague, que assegurou que os assuntos centrais da agenda eram o planejamento de uma eventual zona de exclusão aérea e o aproveitamento dos soldados da Otan no Mediterrâneo para respaldar uma operação de assistência humanitária à população civil líbia.

O ministro britânico destacou a importância do acordo sobre os argumentos que devem concretizar a aplicação de uma zona de exclusão aérea, ou seja, que se possa demonstrar que é necessária, que haja uma clara base legal e que conte com o apoio dos países da região.

Se finalmente houver um acordo sobre a zona de exclusão aérea, disse que poderia ser aplicada "muito rapidamente", porque os Governos da França e o Reino Unido "já fizeram o trabalho no centro do Conselho de Segurança da ONU" para aprovar uma resolução.

Destacou também que "há um crescente nível de pedidos desde o mundo árabe" para que esta iniciativa saia adiante, algo que considerou "importante e crucial" para o êxito da própria.

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