Loja da H&M na África do Sul destruída (Floyd Shivambu/Twitter/Reprodução)
Anderson Figo
Publicado em 13 de janeiro de 2018 às 16h27.
Última atualização em 13 de janeiro de 2018 às 16h32.
São Paulo — Lojas da marca H&M foram destruídas neste sábado (13) na África do Sul, após uma campanha polêmica e considerada racista da grife ter viralizado no Twitter na semana passada.
Imagens que foram postadas nas redes sociais hoje mostram as lojas destruídas, com espelhos quebrados, manequins derrubados e roupas espalhadas pelo chão.
Os estragos teriam sido feitos por manifestantes do grupo EFF —partido político que se declara revolucionário de esquerda.
Floyd Shivambu, um dos líderes do partido, declarou no Twitter que todas as lojas da rede no país foram fechadas após as invasões neste sábado. A H&M ainda não se pronunciou sobre os estragos.
No último domingo (7), uma imagem de um moletom à venda no site da marca viralizou no Twitter. A roupa dizia “Coolest Monkey In the Jungle”: “Macaco mais legal da floresta”. O modelo da roupa era um menino negro.
A marca começou a ser acusada de racismo por consumidores, que compararam a peça com outras roupas da coleção e viram uma questão simbólica alarmante.
Enquanto apenas o menino negro trazia a comparação a um macaco, todos os outros modelos eram brancos e vestiam as outras roupas da coleção.
Anônimos e famosos expressaram na internet sua indignação contra a coleção da marca. O astro pop Abel Makkonen Tesfaye, o The Weeknd, que já trabalhou com a marca, disse que estava cortando laços com ela.
Após a polêmica, a H&M retirou as imagens de seu site e também recolheu as peças da coleção que estavam à venda em suas lojas. Em seguida, a marca publicou um posicionamento no Twitter se desculpando.
— H&M (@hm) January 9, 2018