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Localização de 116 corpos no México é o caso mais sangrento em décadas

Cadáveres começaram a ser achados na semana passada, quando militares encontraram 50 deles em valas clandestinas no município de San Fernando

Presidente Felipe Calderón pediu um "Já basta!" coletivo aos assassinos (Chip Somodevilla/Getty Images)

Presidente Felipe Calderón pediu um "Já basta!" coletivo aos assassinos (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2011 às 06h51.

México - As autoridades mexicanas elevaram nesta terça-feira para 116 o número de corpos localizados em fossas clandestinas no nordeste do México, no caso mais sangrento das últimas décadas e que levou o presidente do país, Felipe Calderón, a pedir à sociedade que condene os criminosos com um "Já basta!" coletivo.

Os cadáveres começaram a ser encontrados na semana passada, quando militares encontraram 50 corpos em valas clandestinas no município de San Fernando, no estado de Tamaulipas, na mesma região onde em agosto integrantes do cartel das drogas Los Zetas mataram 72 imigrantes, em sua maioria centro-americanos.

Os militares buscavam os responsáveis pelo sequestro de várias pessoas que viajavam em um ônibus de passageiros em direção à cidade de Reynosa, em Tamaulipas, na fronteira com os Estados Unidos, em crime que ocorreu no fim de março.

Ao longo dos dias, o número de corpos foi subindo até chegar nesta terça-feira a 116, enquanto o Exército mexicano já deteve 17 supostos membros do Los Zetas.

Entre os detidos há um jovem que confessou ter assassinado mais de 200 pessoas, revelou Calderón.

A titular da Procuradoria Geral da República, Marisela Morales, informou nesta terça-feira que foi realizada a autópsia de 72 corpos, pelo que já há identificação de DNA para a localização das vítimas por familiares.

Marisela não forneceu a identificação de nenhuma vítima, mas o Governo da Guatemala informou que o imigrante guatemalteco Feliciano Tagual Ovalle está entre os mortos em Tamaulipas.

Em um ato com empresários no estado de Coahuila, Felipe Calderón pediu que a sociedade condene os criminosos com um "Já basta!" coletivo.

Ao assumir em dezembro de 2006, Calderón iniciou uma guerra contra o narcotráfico apoiado pelo Exército e a Polícia Federal, em conflitos que levaram à captura de vários criminosos importantes mas que fizeram mais de 35 mil mortos.

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