Antes de deixar o Planalto, o ministro foi perguntado ainda sobre um possível reajuste no preço da gasolina. "Cada coisa a seu tempo. Veremos" (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de abril de 2012 às 17h04.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, espera que o acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia e os consórcios que trabalham na construção das usinas de Jirau e Santo Antônio supere os problemas da região. Ele também acredita na negociação como a melhor forma para se vencer as dificuldades.
"Sempre temos preocupação com a construção das novas hidrelétricas. Estamos negociando e vamos vencer os problemas", declarou o ministro ao deixar o Palácio do Planalto, após participar nesta quinta-feira do Seminário Nacional sobre o Modelo Energético. A Secretaria-Geral da Presidência da República informou nesta tarde que foi aprovado por aclamação, em assembleia, um acordo para atender reivindicações de trabalhadores das usinas de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia.
Na avaliação de Edison Lobão, o Brasil é um "país democrático que olha com todo o cuidado para o interesse do trabalhador". Questionado sobre a polêmica envolvendo a construção das hidrelétricas, respondeu: "Não creio que haja hidrelétrica com maiores cuidados ambientais que Belo Monte. Não há nenhum índio sendo molestado com a construção de Belo Monte."
Energia para o Uruguai
O ministro contou ainda que o presidente do Uruguai, José Mujica, mostrou preocupação quanto ao abastecimento de energia elétrica no país vizinho. Ele teria pedido um aumento no fornecimento da energia que o Brasil envia ao Uruguai, dos atuais 300 megawatts para 500 megawatts de potência, o que seria equivalente a cerca de um terço do consumo uruguaio.
O Brasil, porém, teria dificuldades em aumentar o suprimento de energia devido à seca nos Estados do Sul, o que inclusive ainda pode demandar o despacho de termelétricas neste mês. "Mesmo assim, vamos utilizar a usina térmica de Uruguaiana para ajudar esse país amigo", disse Lobão. Ainda segundo ele, na reunião de hoje com o presidente uruguaio não foi abordada a questão da intervenção do governo argentino em companhias do setor energético. Segundo Lobão, a atitude argentina não ameaça os investimentos estrangeiros no Mercosul. "Não temos nenhum temor."
Antes de deixar o Planalto, o ministro foi perguntado ainda sobre um possível reajuste no preço da gasolina. "Cada coisa a seu tempo. Veremos."