Sacolas plásticas em lixão a céu aberto: O Aterro Sanitário de Gramacho foi fechado em junho deste ano, após 34 anos de uso (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 13h52.
Rio de Janeiro – Um convênio firmado hoje (17) entre a Secretaria Estadual do Ambiente, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Fundação Banco do Brasil e a Petrobras deu início às obras de construção do Polo de Reciclagem de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
De acordo com o secretário do Ambiente, Carlos Minc, serão investidos R$ 12 milhões para a montagem do polo. Até o primeiro semestre de 2013, quando a usina recicladora estiver funcionando plenamente, 400 ex-catadores estarão trabalhando no local.
Para o secretário, o fechamento do aterro sanitário de Gramacho acaba com uma dívida social. “O antigo catador contaminado vai ter dignidade, saúde e vai se converter em um reciclador. O lixo é matéria-prima fora do lugar, você impede que prejudique rios e canais, gera empregos de mais qualidade e fornece matéria prima semi-elaborada para a indústria”, destacou.
Carlos Minc informou que a secretaria estuda a implantação de mais dois polos de reciclagem, um na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro e outro em São Gonçalo, município da região metropolitana, que também teve seu aterro sanitário fechado.
O Aterro Sanitário de Gramacho foi fechado em junho deste ano, após 34 anos de uso. O cotidiano das cerca de 1,8 mil pessoas que encontravam no aterro o seu sustento alcançou repercussão internacional e motivou a criação de filmes, como o documentário Lixo Extraordinário, indicado ao Oscar em 2011.