EUA: o presidente dos Estados Unidos prometeu mais medidas contra a Rússia, algumas delas secretas (foto/Getty Images)
EFE
Publicado em 29 de dezembro de 2016 às 19h54.
Washington - Os líderes republicanos Paul Ryan, John McCain e Lindsey Graham manifestaram nesta quinta-feira seu apoio às sanções à Rússia pelos ataques cibernéticos que os Estados Unidos atribuem a esse país durante a última campanha das eleições presidenciais americanas, embora tenham pedido mais contundência.
Grande parte dos republicanos apontam Moscou como um dos principais perigos para os EUA, embora o presidente eleito, Donald Trump, tenha elogiado em várias ocasiões a figura de Vladimir Putin e defendido uma aproximação à Rússia.
Em comunicado, o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano Paul Ryan, se mostrou de acordo com a decisão do líder americano, Barack Obama, de sancionar a Rússia, embora a considere tardia.
"A Rússia não compartilha os interesses dos Estados Unidos, mas procurou miná-los, semeando uma perigosa instabilidade no mundo todo. Embora a ação de hoje seja tardia, é uma maneira apropriada de terminar com oito anos de política fracassada com a Rússia", afirmou Ryan.
O republicano, que foi muito crítico com Trump durante a campanha eleitoral, acrescentou que as sanções são "um excelente exemplo da ineficaz política externa do governo, que deixou os EUA mais frágeis aos olhos do mundo".
O senador republicano John McCain também apoiou as sanções contra a Rússia e manifestou que o país continua sendo "uma ameaça para os fundamentos da democracia".
McCain afirmou que duvida que os esforços da russos tenham afetado o resultado eleitoral dos EUA, embora garanta que tanto ele como o senador republicano Lindsey Graham impulsionarão sanções adicionais contra a Rússia.
Graham acrescentou que a Rússia estava "semeando discórdia nas democracias vizinhas", em referência a três antigas repúblicas soviéticas Estônia, Letônia e Lituânia.
McCain, Graham e a senadora democrata Amy Klobuchar fizeram uma viagem pelos países bálticos para debater sobre segurança e agora devem passar por Ucrânia, Geórgia e Montenegro.
O presidente americano, Barack Obama, assinou uma ordem executiva com a qual sancionou 11 indivíduos, organismos e empresas vinculadas com os ataques informáticos.
Além disso, Obama ordenou a expulsão de 35 diplomatas russos, aos quais deu "72 horas para deixar os Estados Unidos", após declará-los "persona non grata".
O presidente também prometeu mais medidas contra a Rússia, algumas delas secretas.
"Essas ações não são a soma total de nossa resposta às atividades agressivas da Rússia", afirmou Obama em uma declaração divulgada pela Casa Branca.