Momento da explosão durante a Maratona de Boston: neste momento, as autoridades policiais dos EUA investigam as explosões registradas durante a Maratona de Boston em busca de seus possíveis autores. (Reuters/Reprodução NBC)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 14h17.
Redação Central - Os principais líderes mundiais demonstraram comoção e solidariedade nesta terça-feira com o povo e as autoridades americanas após as duas explosões registradas ontem na Maratona de Boston, as quais deixaram três mortos - incluindo uma criança de oito anos - e mais de 140 feridos.
Em um telegrama enviado à Casa Branca, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou o atentado como um "crime selvagem" e ofereceu a cooperação do exército russo para investigar a ação, já que, segundo ele, "a luta contra o terrorismo exige esforços de toda a comunidade internacional".
De acordo com o ministro de Esportes da Rússia, Vitali Mutko, esse atentado se mostra como um "sério aviso" às autoridades russas, já que o país sediará importantes competições esportivas, como a Universíade, evento internacional para atletas universitários, o Campeonato Mundial de Atletismo (Moscou) e os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 (Sochi).
Já a chanceler alemã, Angela Merkel, fez questão de exaltar sua indignação em relação ao ato: "Nada justifica esse ataque covarde contra pessoas que tinham se reunido para assistir a um pacífico acontecimento esportivo".
Da mesma forma que o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, Merkel também ressaltou a necessidade dos culpados serem apresentados o mais rápido possível à justiça.
Tanto o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, como a chefe da Diplomacia europeia, Catherine Ashton, demonstraram o apoio da União Europeia ao povo e ao governo americano.
Ambos os líderes comunitários deram seus pêsames às famílias das vítimas e desejaram uma boa recuperação aos feridos, enquanto o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, assinalou que "o terrorismo não se justifica nunca". Já o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, se mostrou "profundamente consternado" pelo atentado.
O primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny, enviou suas condolências ao povo de Boston e qualificou o atentado como um "ato de loucura". O vice-primeiro-ministro e titular das Relações Exteriores da Irlanda, Eamon Gilmore, qualificou o ato como "trágico", enquanto o presidente Michael D. Higgins, por sua vez, afirmou estar "profundamente triste".
Em entrevista coletiva, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, afirmou que a "China condena energicamente e se opõe firmemente a qualquer ataque violento contra civis. "Expressamos nossas profundas condolências às vítimas e nossa simpatia aos feridos", completou.
O Governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU) qualificou as explosões como "atos terroristas e criminosos" e, em comunicado, o ministro das Relações Exteriores, Abdullah bin Zayed al Nahyan, declarou que essas ações "têm objetivo de desestabilizar a segurança dos EUA".
Neste momento, as autoridades policiais dos EUA investigam as explosões registradas durante a Maratona de Boston em busca de seus possíveis autores. Mesmo não havendo uma confirmação, o FBI (polícia federal americana) já trabalha com a hipótese de um "possível ato terrorista".