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Líderes preparam abertura da Assembleia Geral da ONU

A 67ª assembleia será focada nas crises que afetam o mundo, como as de Síria, Líbia e Irã


	Ahmadinejad é recebido por Ban Ki-moon: Ban alertou o presidente iraniano sobre as "consequências potencialmente danosas da retórica inflamatória" para o Oriente Médio
 (Allison Joyce/AFP)

Ahmadinejad é recebido por Ban Ki-moon: Ban alertou o presidente iraniano sobre as "consequências potencialmente danosas da retórica inflamatória" para o Oriente Médio (Allison Joyce/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 12h53.

Nova York - Os líderes mundiais realizam reuniões bilaterais e multilaterais nesta segunda-feira para preparar a abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU na terça-feira, focada nas crises que afetam o mundo, como as de Síria, Líbia e Irã.

Vários chefes de Estado e de Governo chegaram a Nova York no domingo, como o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, que se reuniu com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para discutir a situação em sua região, segundo membros da ONU.

No encontro, Ban alertou Ahmadinejad sobre as "consequências potencialmente danosas da retórica inflamatória" para o Oriente Médio, e pediu ao Irã que adote medidas necessárias para conquistar a confiança internacional e demonstrar a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear.

Teerã nega que tenha o objetivo de produzir armas atômicas, já o Ocidente acredita o contrário, e França, Reino Unido e Alemanha pediram de maneira oficial no domingo que a União Europeia adote novas sanções contra o Irã.

Além da questão nuclear iraniana, a situação na Síria e a onda de violência no mundo árabe contra o filme islamofóbico concentram a atenção desta Assembleia Geral, que será aberta na terça-feira pela presidenta Dilma Rousseff, seguida por Barack Obama.

O drama sírio ocupará lugar de destaque nos discursos, mas também à margem da Assembleia, com reuniões no Conselho de Segurança da ONU.

Nesse sentido, o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, pretende reportar ao órgão decisório máximo da ONU os resultados de sua primeira visita a Damasco.


Na quarta-feira haverá uma sessão ministerial do Conselho de Segurança para analisar a Primavera Árabe. O grupo amigos da Síria, países ocidentais e os árabes que apoiam os opositores do presidente Bashar al-Assad também vão se reunir para avaliar os meios para unificar a oposição e preparar o período pós-Assad.

"Estranhamente, todo mundo pensará na Síria, falará sobre a Síria, mas não está prevista uma decisão ou um grande processo" durante a Assembleia, comentou um diplomata.

De fato, Rússia e China devem manter o bloqueio às resoluções do Conselho de Segurança e apenas estarão representados em Nova York em nível ministerial.

A Líbia e o Afeganistão são outros dois países cuja instabilidade preocupa a comunidade internacional. A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, anunciou uma reunião com os presidentes do Paquistão, Asif Ali Zardari, da Líbia, Mohamed Magariaf, e do Afeganistão, Hamid Karzai.

Os países da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) devem discutir em Nova York as consequências do filme anti-Islã que desencadeou uma onda de violência no mundo muçulmano.

Seu secretário-geral, Ekmeleddin Ihsanoglu, espera que os líderes reunidos em Nova York "destaquem que é responsabilidade moral de todos (...) não insultar os valores mais sagrados dos outros".

Em uma declaração à AFP, Ihsanoglu também apelou a "romper o círculo vicioso da provocação e a reação violenta".

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