Nelson Mandela: poucos chefes de Estado terão o privilégio de falar ao público durante o adeus a Mandela, que faleceu na quinta-feira da semana passada (Gianluigi Guercia/AFP)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 16h39.
Johanesburgo - A África do Sul prepara-se para a realização de uma missa campal em intenção de Nelson Mandela, durante a qual alguns líderes mundiais, dentre os quais o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, discursariam diante de quase 100 mil pessoas.
No estádio do Soweto, onde Mandela apareceu em público pela última vez, durante a Copa do Mundo de 2010, operários ergueram rapidamente um palco protegido com vidro à prova de balas para a missa campal marcada para amanhã.
Em um prelúdio da cerimônia religiosa, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o arcebispo Desmond Tutu discursaram em um evento realizado hoje no Centro Nelson Mandela de Memória.
"Que presente fantástico Deus nos deu ao nos mandar Mandela, que rapidamente tornou-se um ícone, um ícone global do perdão, da generosidade do espírito", declarou Tutu.
"Ele era realmente como sua fosse um mago e tivesse uma varinha mágica, transformando-nos em seu glorioso povo multicolorido", prosseguiu o arcebispo laureado com o Prêmio Nobel da Paz por sua luta contra o apartheid.
A polícia sul-africana, enquanto isso, prometeu deslocar "milhares" de homens para garantir a segurança de um evento que contará com a presença de mais de cem chefes de Estado e de governo de todas as regiões do mundo.
Poucos deles, porém, terão o privilégio de falar ao público durante o adeus a Mandela, que faleceu na quinta-feira da semana passada aos 95 anos.
Obama discursará depois de Ban Ki-moon e da presidente da Comissão Africana, Nkosazana Dlamini Zuma.
Dilma fará seu discurso logo depois de Obama. Depois dela, discursarão ainda o vice-presidente da China, Li Yuanchao, e os presidente da Namíbia, Hifikeunye Pohamba, da Índia, Pranab Mukherjee, e de Cuba, Raúl Castro.
O último discurso caberá ao presidente da África do Sul, Jacob Zuma.
A seguir, a missa campal será encerrada com um sermão do bispo Ivan Abrahams. Fonte: Associated Press.