Cúpula Ibero-americana: Crises regionais devem ser incluídas na pauta do evento (Jose Cabezas/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de novembro de 2018 às 17h10.
Antigua - Líderes de 22 países abriram nesta sexta-feira (16) a XXVI Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo em um momento em que enfrentam várias crises, entre elas a migração da América Central rumo aos Estados Unidos e os problemas políticos da Venezuela e da Nicarágua.
O presidente da Guatemala e anfitrião do encontro, Jimmy Morales, deu boas-vindas aos líderes em um antigo convento da época colonial, Santo Domingo del Valle, que foi transformado em hotel e que também recebe vários museus.
A agenda oficial do evento propõe a discussão de assuntos como o desenvolvimento sustentável e a contribuição dos países que participam do encontro para melhorar a igualdade de gênero, a cooperação, a cultura e proteger os povos indígenas. No entanto, espera-se que as crises regionais sejam incluídas na pauta.
Morales, que abriu as discussões hoje, ressaltou o compromisso dos países ibero-americanos para cumprir os objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, apesar das dificuldades e das diversidades dos povos que vivem na região.
"A Guatemala é um país que goza de uma rica diversidade cultural, o que implica um alto desafio para a inclusão. Ao mesmo tempo, a diversidade nos dá a oportunidade de sermos muito complementares e não devemos deixar que os recursos humanos jovens fujam daqui", disse Morales no discurso de abertura da cúpula.
O presidente guatemalteco também falou sobre a importância de ampliar a integração econômica na região. Para Morales, é preciso "tornar a ibero-américa em uma área de liderança mundial".
Além de Morales, participam do evento o presidente Michel Temer, que chegou à Guatemala ontem, e os líderes de Bolívia, Peru, Equador, Paraguai, Panamá, México, Honduras, El Salvador, Costa Rica, Espanha, Portugal e Andorra, país que organizará a próxima Cúpula Ibero-americana em 2020.
Por diferentes razões, cancelaram a presença os presidentes de Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Nicarágua, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.