Cédula de iuane, moeda chinesa: recuperação econômica no mundo pode estar ameaçada pela questão cambial (.)
Da Redação
Publicado em 8 de outubro de 2010 às 08h22.
Washington - Os líderes financeiros mundiais tentarão amenizar as tensões cambiais que ameaçam prejudicar uma recuperação econômica que, na sua opinião, já é muito lenta e desigual.
Os ministros das Finanças do G20 marcaram um café da manhã de trabalho nas reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial realizadas neste fim de semana.
O G7, grupo menor das economias avançadas, tem um encontro a portas fechadas mais tarde nesta sexta-feira.
Nenhum dos grupos deve emitir um comunicado formal, mas autoridades do G20 disseram que as questões do mercado de câmbio serão discutidas em ambos os eventos, em meio à preocupação de que os países enfraqueçam suas moedas intencionalmente para incentivar o crescimento por meio das exportações.
A China, que costuma ser o centro do debate cambial, tem companhia desta vez. As autoridades ainda estão pressionando Pequim para deixar o iuan se valorizar mais rápido, mas a intervenção do Japão no mês passado para depreciar o iene também deixou Tóquio em destaque.
Os Estados Unidos também podem esperar críticas sobre a negligência aparentemente benigna do dólar fraco, que levou alguns investidores a caçar lucros maiores em economias emergentes como o Brasil, elevando os preços de ativos e a inflação.
"O que todos nós queremos é um reequilíbrio da economia global, e esse reequilíbrio não pode acontecer sem... uma mudança no valor relativo das moedas", disse o diretor-gerente do FMI, Dominque Strauss-Kahn, na quinta-feira.
Os problemas cambiais são sintomas de uma questão mais profunda: a maioria das economias desenvolvidas não estão crescendo o suficiente para reduzir o desemprego, apesar dos trilhões de dólares em estímulos governamentais e garantias de empréstimo de emergência.
As autoridades do FMI devem participar do café da manhã do G20, e esperam que algum progresso seja feito para resolver questões de reforma antes da cúpula de líderes do G20 em Seul, no mês que vem.
Leia mais notícias sobre câmbio
Siga as notícias do site EXAME sobre Mundo no Twitter