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Líderes do Senado e da Câmara dos EUA endossam candidatura de Kamala Harris

Apoio conjunto veio um dia depois da agência Associated Press anunciar que a vice de Joe Biden conquistou o número necessário de delegados para ser confirmada na eleição

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, ouve enquanto o líder da minoria na Câmara dos Estados Unidos, Hakeem Jeffries, fala com repórteres do lado de fora do Salão Oval na Casa Branca  (Kent Nishimura/Getty Images)

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, ouve enquanto o líder da minoria na Câmara dos Estados Unidos, Hakeem Jeffries, fala com repórteres do lado de fora do Salão Oval na Casa Branca (Kent Nishimura/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 23 de julho de 2024 às 16h32.

Última atualização em 23 de julho de 2024 às 16h39.

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O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, e o líder da minoria na Câmara, Hakeem Jeffries, endossaram a candidatura da vice-presidente Kamala Harris à Casa Branca nesta terça-feira. Os dois se juntaram a dezenas de nomes do Partido Democrata que já apoiam a campanha, incluindo o presidente, Joe Biden, que desistiu da reeleição no domingo, a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o ex-presidente Bill Clinton, e a ex-senadora e ex-secretária de Estado, Hillary Clinton.

"A vice-presidente [Kamala] Harris fez um trabalho verdadeiramente impressionante garantindo a indicação do Partido Democrata para ser nossa próxima presidente", disse Schumer, ao lado de Jeffries, em entrevista coletiva no Capitólio. "Agora que o processo foi conduzido desde a base, de baixo para cima, estamos aqui hoje para dar o nosso apoio à vice-presidente Kamala Harris."

Jeffries, ao confirmar seu endosso, também pareceu otimista sobre as chances democratas para o Congresso: hoje, a oposição republicana comanda a Câmara, e os democratas o Senado.

"Tenho orgulho de apoiar fortemente Kamala Harris como a 47ª presidente dos Estados Unidos da América. Vamos manter o Senado, vamos ganhar a Câmara, vamos eleger Kamala Harris como nossa próxima presidente em novembro", disse o deputado.

Kamala comunicou sua candidatura após o presidente Joe Biden desistir de permanecer na disputa por um segundo mandato na Casa Branca, endossando pouco depois a candidatura de sua companheira de chapa em 2020. A decisão de Biden, de 81 anos, foi tomada após semanas de especulações sobre sua saúde física e mental, e desencadeou uma onda de alívio entre membros da sigla, receosos de que sua permanência na disputa pudesse comprometer as chances do partido.

"Joe Biden é um americano patriota, é um grande americano, ele vai entrar para a história dos EUA como um dos mais importantes presidentes de todos os tempos", afirmou Jeffries, na entrevista coletiva em que confirmou o apoio a Kamala.

Um dia depois de Biden anunciar sua retirada do pleito, Schumer e Jeffries permaneceram neutros. Em declaração conjunta, ambos disseram que "a vice-presidente Kamala Harris começou muito bem com sua promessa de buscar a nomeação presidencial de uma maneira consistente com o processo de base e transparente estabelecido pelo Comitê Nacional Democrata".

"Ela está rapidamente ganhando apoio de delegados de base de uma ponta a outra do país. Estamos ansiosos para nos encontrar pessoalmente com a vice-presidente Harris em breve, enquanto trabalhamos coletivamente para unificar o Partido Democrata e o país", continuaram.

O endosso conjunto de Schumer e Jeffries vem no momento em que a campanha de Kamala parece decolar rapidamente: na segunda-feira, ela conseguiu o número necessário de delegados do Partido Democrata para ser confirmada como a segunda candidata à Presidência dos EUA, de acordo com levantamento da agência Associated Press. Nesta terça, as doações à sua campanha somaram US$ 100 milhões (R$ 559 milhões).

A relativa demora no apoio, contrastando com a sequência de apoios anunciados desde a noite de domingo, pode ser creditada ao desejo de ambas lideranças democratas de evitar que a indicação de Kamala não soasse como uma coroação, como alguns republicanos tem afirmado nos últimos dois dias. Ao garantir o apoio dos delegados para uma indicação sem sustos na Convenção Nacional, marcada para o mês que vem, o partido consegue, ao menos simbolicamente, passar a ideia de que o processo ocorreu, como citou Schumer, da base para o topo.

Agora, a grande "ausência" na lista de apoios a Kamala Harris é o ex-presidente Barack Obama. No domingo, depois da decisão de Biden de abadonar a disputa, ele comunicado afirmando que "Joe Biden tem sido um dos presidentes mais importantes dos EUA, bem como um querido amigo e parceiro".

Mas ao falar da definição de quem enfrentará Trump em novembro, afirmou que a sigla estará "navegando em águas desconhecidas nos próximos dias", declarado ter "confiança extraordinária de que os líderes do nosso partido serão capazes de criar um processo do qual surja um candidato notável". Segundo analistas, Obama quer manter uma posição isenta dentro do partido, fugindo de comentários que possam influenciar no processo de escolha, e também evitando endossar, além do nome de Kamala, a ideia de "coroação" da vice-presidente como candidata à Casa Branca.

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