Maduro: os líderes do G-7 chamaram o governo de Caracas de autoritário (Marco Bello/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de maio de 2018 às 15h48.
Genebra - Os presidentes e primeiros-ministros das maiores economias do mundo estão pressionando a Venezuela e pedem que o presidente Nicolás Maduro convoque novas eleições no país. Em um comunicado emitido nesta quarta-feira, 23, os líderes do G-7 ainda acusaram o governo de Caracas de "autoritarismo", depois da votação realizada no fim de semana, que resultou em mais um mandato para o regime chavista.
Assinada por Canadá, Japão, Reino Unido, EUA, França, Alemanha, Itália, e com o apoio de outros membros da União Europeia (UE), um comunicado do bloco confirmou uma "rejeição ao processo eleitoral" na Venezuela.
"Ao se recusar a aceitar padrões internacionais e ao não estabelecer garantias básicas para um processo democrático, inclusivo e justo, essa eleição e seu resultado não têm legitimidade ou credibilidade", declararam os governos.
"Portanto, denunciamos a eleição presidencial venezuelana e seu resultado por não serem representativos da vontade democrática dos cidadãos da Venezuela", indicaram líderes como o canadense Justin Trudeau, o americano Donald Trump e alemã Angela Merkel. "O governo venezuelano perdeu a oportunidade para uma retificação política urgente", disseram.
"Enquanto o regime de Nicolás Maduro solidifica seu controle autoritário, o povo da Venezuela continua a sofrer abusos de direitos humanos e sérias privações, causando o deslocamento cada vez maior e afetando países pela região", apontaram.
"Pedimos ao regime de Maduro que restabeleça a democracia constitucional na Venezuela e organize eleições livres e justas que possam de fato refletir a vontade democrática do povo, que libere presos políticos, restaure a autoridade da Assembleia Nacional e garanta acesso a atores humanitários", declararam os líderes do G-7.
O bloco se diz "comprometido" em apoiar uma solução "negociada, pacífica e democrática" para a crise na Venezuela. Nesta semana, além das novas sanções adotadas pela Casa Branca, a Europa indicou que também estudaria medidas "adequadas" para responder à reeleição de Maduro.