Líderes da Rússia, China, Cazaquistão, Tadjiquistão e Uzbequistão durante reunião da SCO em Ufa, na Rússia (REUTERS/BRICS/SCO Photohost/RIA Novosti)
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 16h08.
Ufa, Rússia - Os chefes de Estado da Rússia, China, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês), começaram nesta sexta-feira uma cúpula com uma reunião restrita para discutir sobre a ampliação do bloco com a Índia e o Paquistão.
A prevista adesão à SCO destes dois países rivais e potências nucleares gera algumas dúvidas neste bloco, que hoje deve aprovar em Ufa o começo dos procedimentos de entrada.
"Estão debatendo. De fato, este é o objetivo da reunião restrita que mantêm os chefes de Estado, vão acertar uma posição comum", disse à imprensa o porta-voz do presidente russo, Dmitri Peskov.
Este bloco regional de caráter político, econômico e de segurança conta como observadores com Índia, Paquistão, Irã, Mongólia e Afeganistão.
Os dois primeiros solicitaram formalmente a adesão em setembro passado, e o presidente do Uzbequistão, Islam Karimov, que assumirá a próxima presidência rotatória do bloco, expôs esta manhã suas reservas ao líder do Kremlin, Vladimir Putin, em reunião bilateral antes do começo da cúpula.
"São dois países atípicos, e com armas nucleares, é preciso vê-lo por esse prisma. Sua entrada na SCO não só mudará o mapa político, acho que pode mudar o equilíbrio de poder, por isso isto não é um assunto simples e há necessidade de discuti-lo", disse Karimov ao presidente russo.
Outro país observador, o Irã, também pediu para entrar na SCO, mas Moscou já deixou claro que isso só vai acontecer quando houver um acordo sobre o programa nuclear iraniano com as grandes potências e as sanções internacionais contra Teerã forem retiradas.
O porta-voz da Presidência russa negou hoje que a partida de Ufa do presidente do Irã, Hassan Rohani, antes da cúpula, tenha sido precipitada, e assegurou que assim estava previsto.