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Líder talibã pede que Afeganistão cancele acordo com EUA

Mullah Mansour fez o apelo em sua primeira mensagem, desde que assumiu a liderança do movimento, após a morte do seu fundador, Mullah Omar, ter sido confirmada


	Soldados americanos no Afeganistão: “Se quer acabar com a guerra e estabelecer a paz no país, só é possível acabando com a ocupação e revogando todos os tratados militares e de segurança com os invasores”
 (Kamal Kishore/AFP)

Soldados americanos no Afeganistão: “Se quer acabar com a guerra e estabelecer a paz no país, só é possível acabando com a ocupação e revogando todos os tratados militares e de segurança com os invasores” (Kamal Kishore/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2015 às 08h46.

O novo líder dos talibãs disse hoje (22) que o Afeganistão deve cancelar seu acordo de segurança com os Estados Unidos da América e expulsar todas as tropas estrangeiras, se deseja a paz no país.

Mullah Mansour fez o apelo em sua primeira mensagem, desde que assumiu a liderança do movimento, após a morte do seu fundador, Mullah Omar, ter sido confirmada em julho.

“Se a administração de Cabul quer acabar com a guerra e estabelecer a paz no seu país, isso só é possível acabando com a ocupação e revogando todos os tratados militares e de segurança com os invasores”, disse Mansour, em mensagem em inglês publicada no portal dos talibãs e divulgada para assinalar o festival muçulmano Eid-ul-Adha.

Ataque

No país vizinho, Paquistão, os talibãs atacaram hoje um acampamento das Forças Armadas, em Peshawar, e 32 pessoas morreram, incluindo 16 que rezavam em uma mesquita situada no interior da base.

O ataque foi perpetrado por um grupo de pelo menos 13 talibãs, armados e vestidos com uniforme policial, que antes de serem abatidos mataram 32 pessoas, incluindo três militares, e fizeram mais de 20 feridos.

O ataque à base foi o maior no Paquistão contra alvos militares, desde o de dezembro passado, contra uma escola em Peshawar ligada ao Exército, em que morreram 125 crianças.

Na ocasião, tal como agora, o ataque foi reivindicado pelo principal grupo talibã paquistanês, o TTP, que em dezembro assegurou que a ação tinha sido uma reação às ofensivas do Exército paquistanês, lançadas nas regiões de Khyber e na área tribal de Waziristan.

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