Ali Khamenei: "Nós queremos simplesmente que se reconheça nosso direito ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos, mas eles não querem reconhecer esse direito", afirmou. (Majid Saeedi/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2013 às 14h34.
Teerã - O líder supremo iraniano, Ali Khamenei, afirmou que não se sente otimista, mas, pela primeira vez, declarou que não se opõe a dialogar com os Estados Unidos sobre a polêmica questão nuclear de seu país.
"Os americanos enviaram mensagens para que mantenhamos um diálogo sobre o programa nuclear (...) à margem das negociações com o grupo 5+1. Eu não sou otimista sobre este diálogo (...), mas não me oponho", afirmou, durante um discurso televisado por ocasião do Ano Novo iraniano.
As declarações coincidem com a visita de Obama a Israel e aos territórios palestinos.
"A lógica dos americanos é que debatamos para aceitar o ponto de vista deles e não chegar a um resultado racional", ressaltou, no entanto.
"Nós queremos simplesmente que se reconheça nosso direito ao enriquecimento de urânio para fins pacíficos, mas eles não querem reconhecer esse direito", acrescentou.
Khamenei, que se mostra assim disposto a dialogar com seu inimigo, também classificou Israel de "centro do complô contra o Irã islâmico" e ameaçou responder a um futuro ataque israelense arrasando Tel Aviv e Haifa.
"Os dirigentes do regime sionista ameaçam em várias ocasiões atacar o Irã (...) Se eles cometerem este erro, o Irã aniquilará Tel Aviv e Haifa", enfatizou.