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Ação de nossas forças foi completamente legal e legitima, diz líder Supremo do Irã

Ali Khamenei discursou durante oração coletiva em realizada nesta sexta em memória de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah

Uma foto fornecida pelo gabinete do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mostra-o proferindo o sermão para a cerimônia de oração de sexta-feira em Teerã, em 4 de outubro de 2024 (KHAMENEI.IR/AFP)

Uma foto fornecida pelo gabinete do líder supremo iraniano, Ali Khamenei, mostra-o proferindo o sermão para a cerimônia de oração de sexta-feira em Teerã, em 4 de outubro de 2024 (KHAMENEI.IR/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 4 de outubro de 2024 às 09h27.

Última atualização em 4 de outubro de 2024 às 12h35.

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, afirmou que o ataque contra Israel foi “o menor dos castigos à agressão israelense”, comentário que fez com um fuzil na mão durante uma oração coletiva em memória do líder assassinado do grupo xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, realizada nesta sexta-feira, 4.

“O que as nossas forças militares fizeram foi o menor dos castigos para a agressão do regime israelense”, disse a mais alta autoridade política e religiosa do Irã na mesquita Imã Khomeini, em Teerã, onde estavam reunidos milhares de fiéis na tradicional oração realizada às sexta-feiras.

“A ação brilhante das nossas forças armadas há algumas noites foi completamente legal e legítima”, acrescentou Khamenei, referindo-se ao lançamento de 200 mísseis contra Israel na noite de terça-feira.

“Cada golpe contra o regime sionista é um serviço a toda a humanidade”, ressaltou o clérigo em um discurso proferido parcialmente em árabe para “alcançar todo o mundo islâmico”.

Khamenei assegurou também que, “se necessário, atacaremos novamente o regime sionista no futuro”, embora tenha esclarecido que “não hesitaremos nem nos precipitaremos. Faremos o que for sensato”.

O religioso frisou que “toda nação tem o direito de defender seu país e território contra o agressor”, em uma referência aos assassinatos de Nasrallah e de um general iraniano nos ataques israelenses em Beirute, há uma semana, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerã.

“O Hezbollah e o seu heróico e martirizado líder são a essência das virtudes e da identidade históricas do Líbano”, destacou o líder iraniano sobre o grupo libanês que é um dos principais aliados de Teerã na região.

Apelo por unidade islâmica

Khamenei também fez um apelo ao mundo muçulmano para se unir contra o inimigo, “cuja política é dividir para conquistar”.

“A política do Corão é que as nações muçulmanas devem estar unidas”, declarou, ao mesmo tempo em que enfatizou que o “inimigo do Irã é o inimigo da Palestina, do Líbano, do Iraque, do Egito, da Síria e do Iêmen”.

Além disso, culpou os Estados Unidos pelas tensões no Oriente Médio.

“Os Estados Unidos buscam o controle dos recursos da região através do regime israelense”, assegurou.

Após o discurso, Khamenei realizou sua primeira oração coletiva de sexta-feira desde 2020, quando o fez após a morte de Qasem Soleimani, ex-general da Força Quds da Guarda Revolucionária iraniana, assassinado pelos EUA no Iraque.

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