Líder separatista (c) chega ao local da queda do avião malásio na Ucrânia (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2014 às 13h16.
Donetsk - Um líder separatista descartou nesta sexta-feira um cessar-fogo no leste da Ucrânia exigido por Estados Unidos e Europa após a tragédia com um avião malásio, mas declarou que os insurgentes pró-russos autorizarão o acesso de investigadores ao local.
"Não haverá cessar-fogo, mas permitiremos que os especialistas se dirijam ao local da catástrofe", declarou o "primeiro-ministro" da República Autoproclamada de Donetsk, Alexandre Borodai, durante uma coletiva de imprensa em Donetsk.
Ele afirmou que entrou em contato com autoridades da Holanda, de onde decolou o avião com 298 pessoas a bordo, e da Malásia.
"Nos pedem que deixemos o local da maneira que está. não tocamos em nada", disse.
Também afirmou que não possui espaço suficiente para guardar os cadáveres em Donetsk, onde foram encontrados 181 corpos.
"Poderiam ser levados para Kharkiv (leste da Ucrânia), seria uma solução", disse.
Alexandre Borodai rejeitou qualquer responsabilidade dos rebeldes na tragédia, ao destacar que as armas que eles possuem permitem disparos apenas contra aviões que voam a 4.000 metros de altitude no máximo, e não 10.000, como era o caso do avião malásio.
"Nossas armas não vão além de 4.000 metros, não temos mísseis do tipo Buk, nenhum em absoluto", disse.
Autoridades ucranianas afirmaram que o avião foi derrubado por um míssil Buk fornecido pelos russos aos insurgentes.