Novos recrutas são vistos durante treinamento militar para se tornar parte do Exército Síria Livre em al-Ghouta (Yousef Homs/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de setembro de 2013 às 16h45.
Istambul - O líder do grupo oposicionista Conselho Supremo Militar sírio, general Salim Idris, encerrou antecipadamente uma visita à França nesta quinta-feira e disse que iria à Síria para conversar com brigadas rebeldes que romperam com essa coalizão, apoiada pelo Ocidente.
Comandante de uma ala militar da coalizão conhecida como Exército Livre Sírio, Idris declarou que viajaria para a Síria na sexta-feira para se reunir com combatentes de 13 grupos que rejeitaram na terça a autoridade da coalizão, cuja sede fica na Turquia.
Os grupos rebeldes, incluindo pelo menos três que seriam parte do Exército Livre, pediram na terça que as forças insurgentes se reorganizem sob uma estrutura islâmica e sejam comandadas somente por grupos atuando dentro da Síria.
"Temos que lidar com sabedoria com esse comunicado. Voltei da França para entrar em contato com os comandantes de campo e trabalhar para a unificação de todas as fileiras", afirmou Idris à Reuters, depois de chegar a Istambul.
O porta-voz do Exército Livre, Louay Meqdad, disse que Idris espera resolver os descontentamentos dos rebeldes dissidentes, que há muito se ressentem de aceitar a liderança de pessoas que passaram fora da Síria a maior parte dos dois anos e meio de guerra civil no país.
"Nós vamos nos encontrar com as brigadas que rejeitaram a coalizão e estão perdendo esperança", afirmou Meqdad. "Talvez a coalizão não tenha se conectado com as bases no terreno, mas agora vamos nos comunicar e tentar resolver isso." Brigadas rebeldes que enfrentam as forças do presidente Bashar Al-Assad estão fragmentadas e enfrentam cada vez mais conflitos internos. O crescente poder de grupos islamistas também faz com que os Estados Unidos e outras potências ocidentais relutem em lhes dar apoio.
Idriss, um ex-oficial no Exército de Assad, foi escolhido em 2012 como figura de consenso para liderar o Conselho Militar Supremo, o qual dirige o grupo rebelde Exército Livre.
Entre os signatários do comunicado que rejeitam a coalizão estão o Tawheed e as Brigadas do Islã, considerados parte do Exército Livre. Já o Conselho Militar tem 15 membros na Coalizão Nacional Síria, o braço político da oposição.