Iêmen: os bombardeios contra os rebeldes, apoiados pelo Irã, começaram em março de 2015 (Khaled Abdullah / Reuters)
AFP
Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 12h23.
O líder do governo rebelde iemenita acusou nesta quarta-feira o Reino Unido de "crimes de guerra" por fornecer aos sauditas armas que eles usam para "bombardear o povo".
Abdel Aziz bin Habtoor disse que o Reino Unido havia "vendido bombas de fragmentação à Arábia Saudita" sabendo que seriam usadas contra os rebeldes xiitas que combatem o governo reconhecido internacionalmente do presidenteAbedrabbo Mansour Hadi, que tem o apoio de Riad.
"Não acredito que sejam culpados de crimes de guerra, estou convencido", disse à televisão britânica Sky News. "Participam do bombardeio do povo do Iêmen".
Os Estados Unidos pararam na terça-feira o envio de munição de precisão à Arábia, em meio à indignação provocada pelo alto número de mortos civis na campanha de bombardeios sauditas.
"Isto reflete nossa contínua e grande preocupação pelos erros nos alvos da coalizão e na campanha aérea do Iêmen em geral", disse a Casa Branca.
Os bombardeios contra os rebeldes, apoiados pelo Irã, começaram em março de 2015. Desde então, abandonaram a maioria do sul do país, mas seguem controlando grande parte da costa do Mar Vermelho, além de zonas ao redor da capital, Sanaa.
Mais de 7.000 pessoas morreram no conflito, a maioria civis, segundo a ONU.