O líder radical italiano, Marco Pannella, se indigna durante as eleições presidenciais de 2006: ele está sem comer para denunciar o mau estado das prisões (Alberto Pizzoli/AFP)
Da Redação
Publicado em 17 de dezembro de 2012 às 11h39.
Roma - O dirigente do partido radical italiano, Marco Pannella, encontra-se em estado grave como consequência de uma greve de fome para denunciar o mau estado das prisões, indicaram nesta segunda-feira os meios de comunicação italianos.
"Se continuar negando-se a se hidratar, colocará em perigo suas funções renais e se arrisca a ter complicações cardiovasculares. Voltamos a aconselhá-lo para que aceite uma terapia de reidratação por via intravenosa", disse seu médico.
Na madrugada desta segunda-feira, Pannella "sentiu dores na zona toráxica de alguns minutos que depois desapareceram", acrescentou o médico Claudio Santini em seu relatório médico.
Marco Pannella, de 82 anos, um personagem singular no mundo político italiano, já realizou muitas greves de fome, uma forma de protesto não violento inspirado no exemplo de Ghandi.
O líder do partido radical recebeu o apoio do partido democrata (PD, principal partido de esquerda) através de seu deputado Ignazio Marino. "Sua luta não violenta para denunciar o mal estado das prisões é impressionante e admirável", disse Marino.
Pannella, doutor em direito, defendeu ao longo de sua carreira política causas como o divórcio, o aborto ou a legislação sobre as drogas brandas.