Soldados na Tailândia: exército depôs o governo na quinta-feira da semana passada (Athit Perawongmetha/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2014 às 19h22.
Bangcoc - O líder da Junta Militar da Tailândia disse nesta sexta-feira que um processo de reformas e de reconciliação entre facções políticas deve levar cerca de um ano e que somente depois disso se realizará uma eleição geral.
O general e chefe do Exército, Prayuth Chan-ocha, que depôs o governo na quinta-feira da semana passada, afirmou que todos os lados têm que cooperar e parar de protestar para que seu plano de restauração da democracia seja bem-sucedido.
“A Tailândia e o povo tailandês estão enfrentando muitos problemas que exigem atenção e soluções imediatas”, disse Prayuth em um discurso televisionado. “Já se desperdiçou tempo suficiente no conflito".
A segunda maior economia do sudeste da Ásia vem sendo sacudida por tumultos políticos desde o fim do ano passado, quando manifestantes apoiados pelo status quo monarquista lançaram uma campanha para depor o governo populista da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
O governo tentou se manter no poder mesmo depois que um tribunal forçou Yingluck a entregar o cargo por abuso de poder em 7 de maio, mas os militares deram um golpe em 22 de maio, dizendo que o gesto era necessário para restaurar a ordem e evitar mais episódios de violência.