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Líder do Parlamento venezuelano é denunciado após ida ao Brasil

Advogados consideram que Borges não é presidente do Parlamento, alegando que o ato por meio do qual foi selecionado foi declarado "nulo"

Julio Borges: ele visitou os Congressos de Brasil e Colômbia para denunciar a crise política e econômica da Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Julio Borges: ele visitou os Congressos de Brasil e Colômbia para denunciar a crise política e econômica da Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 17 de fevereiro de 2017 às 11h35.

Advogados oficialistas denunciaram o presidente do Parlamento venezuelano, deputado Julio Borges, ao Ministério Público, nesta quinta-feira (16), por considerarem que ele "usurpa funções" do presidente Nicolás Maduro e promove a desestabilização do governo.

"Este cidadão se deu a tarefa de ir ao Brasil e à Colômbia, convidando os governos desse país a se envolverem na ordem interna dos venezuelanos. Busca a desestabilização do governo", denunciou o advogado Antonio Molina.

Além disso, os advogados consideram que Borges não é presidente do Parlamento, alegando que o ato por meio do qual foi selecionado para ocupar o cargo foi declarado "nulo" pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

O Poder Judiciário considera que a Assembleia Nacional está em "desacato", e todas suas decisões são "nulas" por não ter desligado formalmente três deputados opositores acusados de fraude eleitoral.

"Se não está investido do cargo, não pode estar recorrendo a países, usurpando funções que são do presidente, que é o único legitimado para dirigir as relações internacionais", acrescentou Molina.

Nas últimas duas semanas, Borges visitou os Congressos de Brasil e Colômbia para denunciar a crise política e econômica da Venezuela.

Para o presidente da Associação de Advogados Bolivarianos, Francisco Morillo, Borges quer "desestabilizar o equilíbrio, a paz e a democracia do povo venezuelano".

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