Mundo

Líder de partido alemão provoca polêmica após jogo

"Talvez da próxima vez deveria jogar uma SELEÇÃO NACIONAL alemã", escreveu a vice-presidente do partido, Beatrix von Storch


	Eurocopa: a mensagem foi considerada um ataque aos jogadores alemães de origem imigrante e provocou muitos protestos
 (Darren Staples / Reuters)

Eurocopa: a mensagem foi considerada um ataque aos jogadores alemães de origem imigrante e provocou muitos protestos (Darren Staples / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 09h37.

Uma dirigente do partido de direita populista AfD (Alternativa para a Alemanha) provocou polêmica ao publicar uma mensagem no Twitter na qual sugeria que a Alemanha poderia ter vencido a França com menos jogadores não brancos.

"Talvez da próxima vez deveria jogar uma SELEÇÃO NACIONAL alemã", escreveu a vice-presidente do partido, Beatrix von Storch, após a derrota de 2-0 da Alemanha para a França nas semifinais da Eurocopa.

A mensagem foi considerada um ataque aos jogadores alemães de origem imigrante e provocou muitos protestos.

"Pura estupidez", afirmou Ralf Stegner, líder do Partido Social-Democrata, que integra a coalizão de governo da chanceler Angela Merkel.

"Perdedora ressentida", respondeu Armin Laschet, integrante do partido CDU (centro-direita) de Merkel.

"Quem é esta pessoa patética que não pode ficar feliz por sermos campeões do mundo?", questionou Omid Nouripour, do Partido Verde, em referência ao título alemão na Copa do Mundo do Brasil-2014.

Esta não é a primeira polêmica de um dirigente do AfD a respeito da seleção alemã.

Em maio, outro vice-presidente do AfD, Alexander Gauland, atacou um dos jogadores mais importantes da seleção da Alemanha, Jerome Boateng.

"As pessoas o consideram um bom jogador, mas não querem ter Boateng como vizinho", disse.

Gauland foi muito criticado por seu comentário a respeito de Boateng, nascido em Berlim, de mãe alemã e pai de Gana.

A própria Von Storch havia provocado escândalo ao sugerir que a polícia alemã deveria atirar contra os migrantes, inclusive crianças, para impedir que entrassem na Alemanha.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetEuropaFrançaInternetPaíses ricosPreconceitosRacismoRedes sociaisTwitter

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA