Sentença: também foram condenados outros investigados no caso Gürtel (Oxford/Getty Images)
EFE
Publicado em 10 de fevereiro de 2017 às 14h06.
Valência - O líder de um esquema de corrupção na Espanha vinculado Partido Popular (PP), Francisco Correa, foi condenado nesta sexta-feira a 13 anos de prisão por irregularidades na contratação do expositor do governo regional de Valência na Feira Internacional de Turismo (Fitur).
A sentença do Tribunal Superior de Justiça da região, que fica no levante espanhol, também condena a ex-responsável de Turismo do governo valenciano, Milagrosa Martínez, a nove anos de prisão.
Este é um dos desdobramentos do chamado caso Gürtel, ligado supostamente a membros do PP, que operava sobretudo em Madri e Valência, duas regiões governadas durante anos pelo partido.
As demais peças investigadas nesta causa estão na Audiência Nacional, em Madri; e a mais importante delas se refere ao suposto financiamento irregular do PP por parte de empresários que, através de Correa, davam dinheiro ao partido em troca de contratos.
Hoje também foram condenados outros investigados no caso Gürtel, como Pablo Crespo, a 13 anos; Álvaro Pérez, a 12 anos; e Isabel Jordán, a 6 anos, além de outras pessoas que exerceram altos cargos na Secretaria de Turismo de Valência.
O tribunal considera que o grupo de Correa foi criado com o propósito de manipular concursos públicos e lucrar, aplicando margens desproporcionais, duplicando verbas e faturando despesas inexistentes.
Além disso, conclui que a Secretaria de Turismo entre 2005 e 2009 alterou os critérios para assinatura de contratos e beneficiou irregularmente as empresas desse grupo, às quais enviou informação privilegiada.
Valência foi durante anos um dos territórios mais fiéis ao PP, que liderou seu governo regional de 1995 a 2015.