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Líder da oposição sul-sudanesa assumirá vice-presidência

Machar se dirigiu ao palácio presidencial para assumir seu cargo como primeiro vice-presidente do líder do país, Salva Kiir, que foi designado em fevereiro


	Riek Machar: a volta do líder rebelde atrasou devido às diferenças entre governo e oposição sobre as armas e os soldados que o acompanhariam
 (Goran Tomasevic / Reuters)

Riek Machar: a volta do líder rebelde atrasou devido às diferenças entre governo e oposição sobre as armas e os soldados que o acompanhariam (Goran Tomasevic / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2016 às 11h28.

Juba - O líder da oposição sul-sudanesa e vice-presidente designado, Riek Machar, chegou nesta terça-feira a Juba para jurar o cargo, em cumprimento com o acordo de paz assinado entre o governo e os rebeldes em agosto passado.

Segundo pôde constatar a Agência Efe, o avião no qual viajava Machar - cujo retorno estava previsto no último dia 18, mas foi atrasodo por desavenças com as autoridades - aterrissou nesta tarde no aeroporto de Juba.

Machar se dirigiu ao palácio presidencial para assumir seu cargo como primeiro vice-presidente do líder do país, Salva Kiir, que foi designado em 11 de fevereiro.

A volta do líder rebelde a Juba havia sido atrasada em várias ocasiões nas últimas semanas, devido às diferenças entre o governo e a oposição sobre as armas e os soldados que o acompanhariam.

Ontem, o chefe do Estado-Maior da oposição sul-sudanesa, o general Simon Gatwech, chegou a Juba para preparar a chegada de Machar, e o seguinte passo será a formação de um governo de união nacional, segundo o estabelecido no acordo de paz.

Neste mês terminaram as operações da mudança das forças rebeldes à capital, cujo número é calculado em 1.370 combatentes, que junto à Guarda Republicana e à polícia sul-sudanesas formarão a força conjunta que manterá a segurança em Juba.

Machar retorna finalmente à capital dois anos depois que deixaram a cidade após a explosão de um conflito entre suas forças e as tropas governamentais em meados de dezembro de 2013.

Naquele momento, o presidente Kiir, da etnia dinka, denunciou uma tentativa de golpe de Estado liderado por Machar, da etnia nuer, e seu vice-presidente.

Calcula-se que desde então morreram centenas de milhares de sul-sudaneses no conflito, que deixou também mais de dois milhões de deslocados e refugiados, segundo números da ONU.

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