Carro danificado em atentado na Turquia: em discurso, o chefe do governo identificou o suspeito de ter executado o ataque como Saleh Mercan, nascido em 1992 na cidade de Amude, no norte da Síria (Umit Bektas/ Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 10h42.
Beirute - O líder político curdo-sírio Saleh Muslim rejeitou nesta quinta-feira qualquer envolvimento das Unidades de Proteção do Povo (YPG), a principal milícia curda que atua na Síria, no atentado de ontem em Ancara, como atribuiu a Turquia.
"Rejeitamos as acusações do governo turco, não temos nada a ver com esse atentado, nem nos metemos nos assuntos internos da Turquia", disse à Agência Efe por telefone o presidente da principal legenda política curdo-síria, o Partido da União Democrática, cujo braço armado são as YPG.
Muslim negou que a pessoa à qual a Turquia considera como o suposto autor do ataque suicida esteja vinculado às YPG.
"Nem sequer conhecemos essa pessoa", disse Muslim, para quem as acusações das autoridades turcas é preciso tomá-las em um contexto do recente avanço dos combatentes curdo-sírios no norte de Aleppo, aos quais o Exército turco respondeu com bombardeios desde o último sábado.
O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, acusou as YPG de cometer, em coordenação com a guerrilha curda do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), o atentado suicida de ontem em Ancara, que causou a morte de 27 militares e um civil.
Em discurso, o chefe do governo identificou o suspeito de ter executado o ataque como Saleh Mercan, nascido em 1992 na cidade de Amude, no norte da Síria.
Segundo Davutoglu, nove pessoas foram detidas em relação a este atentado, realizado em uma área central da capital turca ontem durante a passagem de um comboio de ônibus militares que transportavam soldados para casa.