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Líbia tem € 1,27 bilhão em fundos do banco Société Générale

Segundo ONG, fundos foram congelados devido à repressão feita pelo regime de Kadafi; HSBC e Goldman Sachs também receberam investimentos

Muammar Kadafi: maior parte dos investimentos está em bancos árabes (AFP)

Muammar Kadafi: maior parte dos investimentos está em bancos árabes (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2011 às 14h42.

Londres - O regime líbio de Muammar Kadafi investiu € 1,27 bilhão em fundos do banco francês Société Générale, um de seus favoritos, junto com o britânico  HSBC e o americano Goldman Sachs, denunciou esta quinta-feira a ONG Global Witness.

Atualmente, estes fundos estão congelados por causa da sangrenta repressão armada do regime líbio contra o levante da oposição.

Segundo a ONG, o Libyan Investment Authority (LIA), fundo soberano encarregado de multiplicar os ganhos petroleiros líbios, investiu € 1,27 bilhão em três fundos administrados pelo Société Générale.

No entanto, em 30 de junho de 2010, o valor deste investimento havia diminuído a € 740 milhões (US$ 1,05 bilhão), segundo uma auditoria difundida pela organização não governamental.

Na mesma data, os investimentos totais da LIA se elevam a 53 bilhões de dólares, dos quais cerca de US$ 4 bilhões estavam em fundos bancários ou especulativos, administrados por instituições privadas, entre elas os bancos Société Générale e JP Morgan (171 milhões de dólares).

O conjunto destes fundos foi congelado a partir da revolta na Líbia.

A LIA conta, ainda, com 292,69 milhões de dólares em divisas no banco britânico HSBC, assim como 43 milhões de dólares no americano Goldman Sachs.

Mas a maior parte dos investimentos da LIA, 19 bilhões de dólares, está em instituições árabes como o Arab Banking Corporation, do Bahrein, ou o British Arab Commercial Bank.

A LIA também tem participações importantes em várias empresas.

Os bancos afetados se recusaram a fazer qualquer comentário a respeito.

A Global Witness citou o Tribunal Penal Internacional (TPI), para o qual "Kadafi não faz distinção entre seus ativos pessoais e os recursos do país".

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