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Líbia critica advertência britânica sobre ameaça em Benghazi

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, alertou nesta quinta-feira para a "ameaça específica e iminente" na cidade líbia de Benghazi


	O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague: a advertência acontece um dia após Hillary Clinton ter alertado para a crescente militância islamita.
 (Ben Stansall/AFP)

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague: a advertência acontece um dia após Hillary Clinton ter alertado para a crescente militância islamita. (Ben Stansall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 13h13.

Tripoli - O vice-ministro líbio do Interior, Abddullah Massud, afirmou nesta quinta-feira que nada justifica o alerta britânico sobre a ameaça "específica e iminente" contra cidadãos ocidentais em Benghazi, uma importante cidade do leste do país.

"Nada justifica esta reação. Há pontos de interrogação sobre este comunicado do ministério das Relações Exteriores britânico", afirmou Massud à AFP.

Ele também expressou seu espanto em relação ao tom utilizado pela chancelaria em Londres.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, alertou nesta quinta-feira para a "ameaça específica e iminente" contra os ocidentais na cidade líbia de Benghazi e pediu a seus cidadãos que abandonem imediatamente o lugar.

"Sabemos agora que há uma ameaça específica e iminente contra os ocidentais em Benghazi e pedimos a qualquer cidadão britânico que siga nossas recomendações e deixe o lugar imediatamente", declarou o ministro em um comunicado.

No entanto, acrescenta, "não podemos comentar mais sobre a natureza da ameaça neste momento".

A advertência acontece um dia após a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, ter alertado para a crescente militância islamita depois da "Primavera Árabe", em uma audiência ante uma comissão do Senado para falar sobre o atentado contra o consulado dos Estados Unidos em Benghazi.

O atentado, que foi realizado em 11 de setembro de 2012, deixou quatro mortos, incluindo o embaixador Christopher Stevens.

Desde então, o governo britânico "desaconselhou claramente" as viagens para Benghazi (leste) e para a maior parte da Líbia, com algumas exceções, como a capital Trípoli.

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