Funcionários em área infectada pelo vírus na Libéria: Protocolos sanitários serão mantidos nos acessos a Serra Leoa e Guiné (Dominique Faget/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 12h29.
Monróvia, 21 fev (EFE).- A Libéria anunciou a reabertura das principais fronteiras do país e a suspensão do toque de recolher imposto por seu governo como medida para conter o ebola, depois que foi registrada uma queda do número de novos contágios do vírus.
A presidente liberiana, Ellen Johnson-Sirleaf, informou desta decisão em comunicado divulgado na noite de sexta-feira, no qual detalhou que a medida entrará em vigor a partir deste domingo e que foi consultada e assessorada pelo Conselho de Segurança Nacional da Libéria.
Em julho do ano passado, seu governo havia anunciado medidas 'estritas' para lutar contra a propagação do ebola, entre as quais figuravam o fechamento de parte de suas fronteiras, com a exceção dos aeroportos.
Agora, perante uma aparente melhora da situação na região, as fronteiras com Serra Leoa e Guiné - os outros dois países mais afetados pelo ebola - serão abertas novamente.
No entanto, continuarão em andamento os protocolos sanitários nestes pontos de acesso para garantir a segurança de todos os cidadãos.
A governante também suspendeu o toque de recolher que ela mesmo impôs em agosto do ano passado como medida para conter o vírus, que até o momento causou mais de 9.000 mortes e mais de 22.000 contágios na África Ocidental.
Pouco a pouco, a Libéria vai recuperando sua normalidade. A maioria das escolas do país já reabriram após seis meses, embora poucos sejam os pais que levam as crianças às salas de aula por medo de novos contágios.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou na semana passada para a tendência de alta de novos casos de ebola na região.
Segundo os últimos dados, de 3 a 7 de fevereiro, foram notificados 303 casos - confirmados, prováveis e suspeitos -, dos quais 54 foram detectados na Guiné, 136 na Libéria e 113 em Serra Leoa.
A ONU também advertiu recentemente que, apesar dos sinais de esperança expressados no começo do ano por causa de uma diminuição dos casos, a epidemia segue ativa e representa ainda uma séria ameaça.