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Líbano afunda em crise após candidato a premiê retirar candidatura

Mohammad Safadi, ex-ministro da Economia, retirou sua candidatura no final do sábado, dizendo que era difícil demais formar um governo "harmonioso"

Protestos no Líbano contra o governo, dia 17/11/2019 (Andres Martinez Casares/Reuters)

Protestos no Líbano contra o governo, dia 17/11/2019 (Andres Martinez Casares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de novembro de 2019 às 16h18.

Beirute - O Líbano aprofundou sua crise política neste domingo, após um dos principais candidatos a primeiro-ministro retirar sua candidatura, diminuindo as chances de criar o governo necessário para realizar reformas urgentes.

Mohammad Safadi, ex-ministro da Economia, retirou sua candidatura no final do sábado, dizendo que era difícil demais formar um governo "harmonioso", com amplo apoio político.

Safadi foi o primeiro candidato que pareceu ter obtido algum consenso entre os fragmentados partidos sectários, desde que Saad al-Hariri renunciou como primeiro-ministro em 29 de outubro, pressionado por protestos contra a elite governista.

Encarando a pior crise financeira desde a guerra civil de 1975-1990, o Líbano prometeu reformas urgentes para tentar convencer doadores a desembolsar 11 bilhões de dólares prometidos ano passado.

Os protestos mantiveram bancos fechados durante a maior parte do mês passado.

Foram impostos controles a transferências de dinheiro para o exterior e retirada de dólares americanos. A libra libanesa está sob pressão no mercado informal.

Safadi tornou-se o presumível favorito a primeiro-ministro, após uma reunião entre Hariri, político sunita, e os grupos xiitas Hezbollah e Amal, segundo fontes políticas e a imprensa libanesa, mas nenhuma outra força política o endossou.

O primeiro-ministro do Líbano precisa ser um muçulmano sunita, de acordo com o seu sistema sectário de divisão de poder.

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