Líbano: essa é a primeira vez desde 2009 que os libaneses foram às urnas votar
EFE
Publicado em 7 de maio de 2018 às 14h29.
Beirute - Manifestantes protestaram em frente ao Ministério do Interior do Líbano, no centro de Beirute, nesta segunda-feira contra as supostas fraudes registradas nas eleições parlamentares realizadas ontem no país.
A candidata Yumana Haddad, do partido independente Kuluna Watani (Todos pela Pátria), afirmou que perdeu sua vaga no parlamento porque algumas urnas teriam sido extraviadas.
"(Nuhad) Machunuk, diga a verdade: houve fraude ou não?", cantavam os manifestantes, citando o nome do ministro do Interior.
"Ontem anunciaram que o Kuluna Watani havia levado duas cadeiras: Paula Yacubian e eu. Hoje, ao acordarmos, nos disseram que perderam urnas e que só uma de nós foi eleita", afirmou a candidata prejudicada em entrevista concedida à Agência Efe durante a manifestação.
"Não aceitaremos, não nos calaremos e continuaremos lutando até o fim", disse a candidata.
Os resultados oficiais das eleições ainda não foram divulgados. A previsão era de que eles fossem publicados na manhã de hoje. No entanto, alguns veículos de imprensa cravam o grupo xiita libanês Hezbollah e seus aliados como grandes vencedores do pleito.
O Ministério do Interior contestou e negou as informações, afirmando que só se pronunciará quando os resultados oficiais forem divulgados pelas autoridades responsáveis. Por esse mesmo motivo, o órgão disse não poder falar sobre o caso de Haddad.
Ontem, pela primeira vez desde 2009, os libaneses foram às urnas para escolher 128 deputados, 64 deles cristãos e 64 muçulmanos. O pleito ocorreu após três prorrogações de mandato dos parlamentares devido à instabilidade política no país.