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Levante em quartel na Venezuela termina com sete detidos

Grupo chegou a tomar a base mais importante de blindados do Exército antes de ser rendido pelas forças leais a Nicolás Maduro.

Bandeira da Venezuela durante plebiscito sobre Constituínte (Juan Carlos Ulate/Reuters)

Bandeira da Venezuela durante plebiscito sobre Constituínte (Juan Carlos Ulate/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de agosto de 2017 às 12h13.

Caracas - Pelo menos sete pessoas foram detidas neste domingo após o levante em uma base militar do Exército da Venezuela por parte de um grupo liderado por um oficial da reserva contra o governo de Nicolás Maduro, informaram fontes das Forças Armadas.

O chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (CEO-FANB), almirante Remigio Ceballos, afirmou que, dos 20 militares que tomaram o controle do Forte Paramacay, no estado de Carabobo, no centro-norte do país, sete pessoas foram detidas e "estão contribuindo com informações".

Outras fontes ligadas às Forças Armadas consultadas pela Agência Efe disseram que o grupo era integrado por alguns militares rebeldes e também por civis que usavam uniformes camuflados e que não pertenciam à base militar do corpo de blindados do Exército.

O grupo rebelde, liderado por um oficial que se identificou em um vídeo divulgado na internet como capitão Juan Caguaripano, inativo desde 2014, chegou a tomar a base mais importante de blindados do Exército antes de ser rendido pelas forças leais a Nicolás Maduro.

O ministro da Defesa, o general Vladimir Padrino, reagiu ao ocorrido com uma mensagem no Twitter.

"Não puderam com a FANB, com sua moral, nem com a sua consciência constitucional; agora pretendem agredi-la com ataques terroristas. Não poderão", disse.

O levante aconteceu na manhã de hoje e foi informado através de um vídeo em que um grupo de cerca de 20 homens armados e uniformizados acompanha um porta-voz que se identifica como "capitão Juan Caguaripano" e "comandante da operação David Carabobo".

Caguaripano, que deixou a FANB em 2014 durante uma onda de protestos contra o governo, disse estar "em rebeldia" contra "a tirania assassina de Nicolás Maduro". Além disso, afirmou que o levante não foi um "golpe de Estado".

Mais tarde, o dirigente chavista Diosdado Cabello disse que o controle do forte tinha sido retomado e que o cenário já era de "absoluta normalidade".

Nos últimos meses, vários militares foram detidos pela Contrainteligência Militar venezuelana por estarem envolvidos com supostos planos de insurreição, entre eles alguns generais, mas as autoridades reiteraram o respaldo firme da FANB ao governo. EFE

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