Silvio Berlusconi: o ex-premiê pediu a seus ministros que apresentassem sua renúncia, quebrando a coalizão de governo na Itália (REUTERS/Stefano Rellandini)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 07h58.
Roma - O primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, irá na próxima quarta-feira ao Parlamento para pedir um voto de confiança e "continuar com o programa de governo", depois da crise aberta com o anúncio da renúncia dos ministros do partido Povo da Liberdade (PDL) de Silvio Berlusconi.
Assim anunciou Letta ontem em um programa da "RAI", a televisão publica italiana, e assegurou que o voto de confiança será pedido "não para governar três dias, mas para seguir em frente com o programa de Governo, já que não tenho intenções de governar a todo custo".
A crise de Governo acontece depois que este sábado, Silvio Berlusconi pediu a seus ministros que apresentassem sua renúncia alegando que o Governo não tinha feito nada para paralisar a alta do IVA de 21% para 22%, que será efetiva em 1º de outubro.
Para Letta, o único que paralisou a atividade política foi Berlusconi e seu partido quando há poucos dias ameaçaram com a renúncia em bloco de todos os parlamentares do PDL se "Il Cavaliere" fosse expulso do Senado, devido a sua condenação fixada definitivamente por fraude fiscal.
"Honestamente perdi o fio das posições do PDL há alguns dias", explicou Letta, ao se referir às contradições que surgiram no seio do partido de Berlusconi.