Enrico Letta, primeiro-ministro indicado da Itália (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2013 às 13h52.
Roma - Enrico Letta, até agora vice-secretário do Partido Democrata (PD), aceitou neste sábado o cargo de primeiro-ministro da Itália e apresentou sua lista de ministros ao chefe de Estado, Giorgio Napolitano.
Após o anúncio da formação de governo, Letta falou à imprensa na sede da chefia do Estado para destacar que se trata de um gabinete integrado por pessoas jovens e com um recorde de presença feminina.
A lista do novo gabinete é formada por 21 ministros, oito deles sem pasta, e nela se incluem pessoas das principais forças políticas italianas.
Depois do pronunciamento de Letta, Napolitano também falou com os jornalistas, disse que se trata do único Governo possível para o país e defendeu que se trata de um 'Executivo político' formado dentro do marco institucional italiano e seguindo a 'praxe' democrática, e expressou seu desejo de que haja o maior consenso possível.
Com a apresentação da lista, Letta, de 46 anos, pôs fim às reservas com as quais tinha aceitado na quarta-feira passada a incumbência de tentar formar o novo governo. A decisão aconteceu após três dias de contatos com as diversas forças políticas.
Amanhã, às 11h30 locais (6h30 de Brasília), Letta tomará posse como primeiro-ministro, assim como os demais dos membros de seu Gabinete. Depois, ele vai se apresentar aos membros das duas câmaras do Parlamento para pedir confiança em seu governo, o que pode acontecer na segunda-feira.
O governo de Letta contará com toda probabilidade com os apoios necessários para seguir adiante, depois que seu partido tenha pediu um 'sim' unânime e que contou com o compromisso propício das legendas dos ex-primeiros-ministros Mario Monti e Silvio Berlusconi.
Quem vai votar contra é o Movimento 5 Estrelas, do comediante Beppe Grillo, além do partido Esquerda, Ecologia e Liberdade (que disputou as eleições em coalizão com o PD) e o partido Irmãos da Itália, egresso do PdL de Berlusconi. Já a Secretaria Política da Liga Norte decidirá sua posição nas próximas horas. EFE