Lino Oviedo: presume-se que o mau tempo foi a causa do acidente (afp.com / Norberto Duarte)
Da Redação
Publicado em 4 de fevereiro de 2013 às 12h48.
Assunção - Os restos mortais do candidato presidencial paraguaio Lino Oviedo e das outras duas pessoas que morreram na queda de um helicóptero no qual viajavam, no sábado, começarão a ser analisados pelo legista Pablo Lemir no necrotério judicial do Paraguai.
"Seria arriscado e uma irresponsabilidade colocar um prazo, e vamos fazer isso com a maior velocidade que podemos, mas sempre respeitando os fatos", afirmou o legista, respondendo a um pedido dos familiares de Oviedo, que tinham previsto velar neste segunda-feira os restos do candidato presidencial da União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), segundo a força da oposição.
Oviedo, seu guarda-costas e o piloto do helicóptero morreram no sábado com a queda do aparelho no qual viajavam.
Lino Oviedo, general reformado e que aspirava o cargo de presidente nas eleições gerais de 21 de abril, retornava para a capital depois de participar de um comício em Concepción.
Presume-se que o mau tempo foi a causa do acidente, embora o Governo tenha anunciado que contratará especialistas estrangeiros para investigar as causas reais.
Os restos do helicóptero e de seus três ocupantes foram encontrados no sábado e os corpos estavam carbonizados e desmembrados.
Após conhecer o fato, os parentes de Oviedo receberam na residência da família o presidente Federico Franco, várias autoridades governamentais, dirigente políticos e empresários.
O Governo decretou três dias de luto pelo falecimento do líder político e os principais partidos cancelaram seus próximos atos oficiais.
A morte do candidato presidencial ocorreu na mesma noite do 24° aniversário do golpe que acabou com a ditadura de Alfredo Stroessner, no qual o então coronel Oviedo teve um papel de protagonista.
O Paraguai está em plena campanha para as próximas eleições, nas quais 3,5 milhões de pessoas estão convocadas para escolher o sucessor de Franco, que completa o mandato iniciado em 2008 por Fernando Lugo, destituído do cargo em 22 de junho em um julgamento político parlamentar.