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Le Pen é acusada de falsificar contrato de funcionário do governo

A denúncia foi revelada pela revista francesa "Marianne", que afirma que Promotoria Francesa abriu uma investigação sobre o caso em dezembro

Le Pen: a Eurocâmara exigiu que a líder ultradireitista devolva 340 mil euros aos cofres públicos (Getty Images)

Le Pen: a Eurocâmara exigiu que a líder ultradireitista devolva 340 mil euros aos cofres públicos (Getty Images)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2017 às 14h30.

Paris - A líder ultradireitista da França, Marine Le Pen, é acusada de falsificar um documento para justificar a contratação de um de seus assistentes parlamentares na Eurocâmara, um emprego que seria fantasma segundo os investigadores.

A denúncia foi revelada pela revista francesa "Marianne", que afirma ter tido acesso ao relatório enviado pelo Escritório Europeu Antifraude (OLAF) à Promotoria Francesa, que abriu uma investigação paralela sobre o caso em dezembro do ano passado.

O OLAF considera que Le Pen e outros parlamentares europeus da Frente Nacional (FN) contrataram com dinheiro da Eurocâmara assistentes que, na verdade, trabalhavam na sede do partido em Nanterre, nos arredores de Paris.

Por esse motivo, a Eurocâmara exigiu que a líder ultradireitista devolva 340 mil euros aos cofres públicos.

No relatório confidencial obtido pelo "Marianne", os investigadores afirmam que Le Pen apresentou um documento falso de outubro de 2011, correspondente ao contrato como assistente parlamentar de seu guarda-costas, Therry Légier.

Além de considerarem que o guarda-costas nunca trabalhou no Parlamento Europeu, os investigadores acham que o cargo foi dado por Le Pen como uma forma de retribuir os trabalhos prestados por ele.

Os contratos de Légier e de Catherine Griset, amiga e secretária de Le Pen que os investigadores também acham que trabalhava para o partido e não para a Eurocâmara, são alvo das investigações.

Légier, segundo a "Marianne", ganhava 7.237 euros por contrato parcial, um salário considerado "extremamente elevado".

No relatório enviado à Promotoria da França, os investigadores europeus consideram que os fatos em questão podem "constituir infrações penais de desvio de fundos, fraude e falsificação".

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