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Lavrov: sírios devem decidir o futuro de Assad

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, também lamentou a decisão dos países que retiraram seus embaixadores da Síria

Serguei Lavrov: "tentar determinar de antemão o resultado do diálogo nacional não corresponde à comunidade internacional" (Yuri Kadobnov/AFP)

Serguei Lavrov: "tentar determinar de antemão o resultado do diálogo nacional não corresponde à comunidade internacional" (Yuri Kadobnov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 17h41.

Moscou - O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que os sírios devem decidir eles mesmos o futuro do presidente Bashar al-Assad, ao mesmo tempo que lamentou a decisão dos países que convocaram seus embaixadores em Damasco para consultas.

Segundo o chanceler, chamar os embaixadores na Síria para consultas não facilita a tarefa da Liga Árabe.

Ao ser questionado se havia abordado com o presidente Assad uma eventual saída do poder, Lavrov destacou que "qualquer conclusão do diálogo nacional deve ser o resultado de um acordo entre os próprios sírios, aceitável para todos os sírios".

"Apoiamos qualquer iniciativa que pretenda criar as condições para um diálogo entre os sírios", destacou Lavrov.

"É o que a comunidade internacional deve fazer, seja o mundo árabe, a Europa, os Estados Unidos e outras regiões do mundo", completou o chanceler russo.

"Tentar determinar de antemão o resultado do diálogo nacional não corresponde à comunidade internacional", destacou o ministro.

Serguei Lavrov, que na terça-feira visitou a Síria e se reuniu com Assad, afirmou em Damasco que teve uma reunião "muito útil" com o presidente sírio, que prometeu "fazer cessar a violência".

No sábado, Rússia e China vetaram um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, apresentado pelos ocidentais e pelos países árabes, que condenava a repressão na Síria.

O veto provocou indignação entre os países ocidentais e vários países árabes.

A oposição síria afirmou que o veto era uma "licença para matar" concedida ao regime.

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