O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama (E), cumprimenta o presidente cubano, Raul Castro (Kai Pfaffenbach/files/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 20h58.
Washington - A restauração dos laços diplomáticos entre os Estados Unidos e Cuba depois de mais de meio século provavelmente não terá relação direta com a questão dos direitos humanos na ilha, afirmou uma autoridade de alto escalão do Departamento de Estado nesta quinta-feira.
"De fato acho que algumas questões de direitos humanos serão abordadas nesta viagem", disse a secretária de Estado assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Roberta Jacobson, a repórteres, referindo-se à sua ida já programada a Cuba no fim de janeiro para conversas sobre imigração.
O diálogo também contemplará uma série de outros temas decorrentes do anúncio do presidente norte-americano, Barack Obama, sobre a iniciativa de normalizar as relações com Cuba.
"Não acho que estejamos necessariamente falando sobre uma condicionalidade direta com os direitos humanos na parte da restauração das relações diplomáticas", acrescentou. "Esse é um processo legal, se preferirem, ou um processo diplomático, que será bastante mecânico." A forma típica para dois países refazerem seus laços diplomáticos é uma troca de cartas ou notas, disse Jacobson, afirmando ainda que isso tem que ser acordado por EUA e Cuba e que, por isso, não há como prever exatamente quando ocorrerá.
Ela também declarou que uma série de etapas anunciadas por Obama na quarta-feira, incluindo um alívio nas sanções econômicas a Cuba, não entrará em vigor até que as agências relevantes, como o Tesouro norte-americano, tenham publicado as regulações de implementação.
"Estou bastante certa de que estamos falando de semanas, vocês sabem, dias ou semanas, certamente não meses."