Izabella Teixeira e Vera Coradin: além dos usos para o setor moveleiro, os técnicos do LPF pesquisam inovações para a construção civil, como casas populares em madeira (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 17h20.
Brasília – Ao lado do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o Laboratório de Produtos Florestais (LPF) do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) é um dos principais centros de estudo de madeiras tropicais do país.
Para comemorar os 40 anos do LPF, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou hoje (30) da inauguração da exposição com produtos e tecnologias desenvolvidos pelo laboratório, além de móveis ecológicos feitos por artistas convidados.
“É um laboratório estratégico para pesquisa e inovação tecnológica em madeira tropical. Desenvolve conhecimento sobre as espécies florestais nativas do Brasil, não só para sua proteção como para uso comercial ”, disse a ministra.
Com base no conhecimento científico gerado no laboratório, ressaltou Izabella, podem ser identificadas espécies menos conhecidas que podem ser usadas na indústria moveleira, por exemplo, permitindo que se reduza a pressão sobre espécies nativas tradicionais, como o ipê, a cerejeira e o mogno.
Izabella também ressaltou a importância da capacitação de agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) por técnicos do LPF para identificação de espécies cujo corte é proibido ou controlado, que é fundamental para a fiscalização ambiental.
Além disso, explicou a ministra, o trabalho do laboratório é essencial para desenvolvimento do manejo florestal das concessões florestais e para recuperação das áreas degradadas prevista pelo Código Florestal. “Também estamos fazendo o inventário nacional de florestas.
O conhecimento do LPF será muito importante para todas essas ações e desempenhará papel estratégico daqui para a frente.”
A ministra deu prazo de 60 dias para que os servidores do LPF entreguem um plano de reestruturação e modernização institucional. “O desafio é trabalhar a pesquisa não só para o sistema ambiental, mas para a sociedade brasileira.
Pedi que me entregassem nova proposta institucional de como vão funcionar nos próximos anos”, disse ela durante o evento.
Segundo o chefe do LPF, Paulo José Prudente de Fontes, o laboratório tem quase 300 espécies estudadas da Amazônia e uma xiloteca (coleção de madeiras) com mais de mil espécies.
Além dos usos para o setor moveleiro, os técnicos do LPF pesquisam inovações para a construção civil, como casas populares em madeira para as regiões Norte e Nordeste.