Agência de Notícias
Publicado em 24 de setembro de 2024 às 10h53.
O Kremlin afirmou nesta terça-feira que a guerra na Ucrânia só terminará quando a Rússia alcançar seus objetivos, em resposta à declaração do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que o fim do conflito está próximo.
"Toda guerra termina, de uma forma ou de outra, com a paz. Mas, para nós, não há outra opção a não ser atingir as metas estabelecidas", disse o porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva de imprensa diária por telefone.
Peskov acrescentou que, "assim que esses objetivos forem alcançados de uma forma ou de outra, a operação militar especial será encerrada".
Em uma entrevista à televisão americana, Zelensky disse: "Estamos mais perto da paz do que pensamos".
Zelensky enfatizou que a Ucrânia deve ser "muito forte" e forçar o presidente russo, Vladimir Putin, que está supostamente muito preocupado com a atual presença de tropas ucranianas na região fronteiriça de Kursk, a interromper a guerra.
O Kremlin se mostrou na segunda-feira disposto a "estudar cuidadosamente" o "Plano de Vitória" que Zelensky apresentará nesta semana durante sua viagem aos Estados Unidos.
De acordo com a imprensa, o plano inclui garantias de segurança; um programa de assistência econômica; um compromisso com futuros fornecimentos de armas, incluindo mísseis de longo alcance; e pressão diplomática sobre a Rússia para que aceite negociar uma solução pacífica para o conflito.
Zelensky também pediu, em seu discurso na sessão plenária da Cúpula do Futuro na sede da ONU em Nova York, um comparecimento em massa à reunião que ele está preparando para aumentar a pressão internacional sobre a Rússia.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, garantiu que a Rússia, por enquanto, não participará de nenhuma cúpula de paz para a Ucrânia com base na fórmula proposta pelo presidente ucraniano.
No entanto, Zakharova enfatizou que a Rússia não rejeita "uma solução político-diplomática para a crise" com base nas condições estabelecidas em meados de junho pelo presidente russo. Putin propôs que Kiev retirasse suas tropas das quatro regiões anexadas por Moscou (Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporizhzhia) e renunciasse aos planos de entrar para a Otan em troca de um cessar-fogo imediato e do início de negociações de paz.