Rússia e G7: Kremlin rejeita retorno ao grupo e defende maior atuação no G20 (ANDREW CABALLERO-REYNOLDS/AFP)
Agência de Notícias
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 08h46.
O Kremlin afirmou nesta sexta-feiram, 14, que não tem interesse em retornar ao G7, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que "adoraria" que a Rússia voltasse ao grupo.
A Rússia foi expulsa do então G8 em 2014, após a anexação da Crimeia, território ucraniano. Segundo o porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, o grupo perdeu importância global.
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"O G7 perdeu significativamente sua relevância, inclusive do ponto de vista de reunir países que agora não são líderes em crescimento socioeconômico", declarou Peskov.
Peskov destacou que Moscou está mais interessada em fortalecer sua atuação no G20, que reúne países desenvolvidos e emergentes.
Além disso, a Rússia aposta no BRICS, grupo que agora conta com Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã, Indonésia, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.
A última cúpula do BRICS foi realizada em outubro de 2024, na cidade russa de Kazan, consolidando a estratégia de Moscou em ampliar sua influência fora do Ocidente.
Na quinta-feira, 13, Trump defendeu o retorno da Rússia ao G7, argumentando que sua exclusão foi um "erro" cometido durante o governo de Barack Obama.
"Eu adoraria tê-los de volta. Acho que foi um erro expulsá-los", disse o republicano no Salão Oval da Casa Branca.
Trump ainda sugeriu que, se a Rússia tivesse permanecido no G8, o conflito com a Ucrânia não teria ocorrido.
"Se eu fosse presidente, definitivamente não teria acontecido. A Rússia nunca teria atacado a Ucrânia", afirmou.