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Kremlin nega que governo Trump seja 'pró-russo' após críticas a Zelensky

Presidente dos EUA fez duras críticas ao presidente ucraniano ao longo da semana e se mostrou mais próximo de seguir com negociações com a Rússia para o fim da guerra

(COMBO) Esta combinação de imagens criada em 12 de fevereiro de 2025 mostra
(da E) o presidente dos EUA, Donald Trump, olhando durante uma reunião com o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 7 de fevereiro de 2025.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falando à imprensa antes da reunião do Conselho Europeu na sede da UE em Bruxelas em 19 de dezembro de 2024.
O presidente russo, Vladimir Putin, realizando sua coletiva de imprensa anual de fim de ano em Moscou em 19 de dezembro de 2024. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em 12 de fevereiro de 2025 que seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, queria "paz", depois que o presidente dos EUA falou com Vladimir Putin da Rússia sobre negociações para acabar com a guerra na Ucrânia. (Foto da AFP) (AFP)

(COMBO) Esta combinação de imagens criada em 12 de fevereiro de 2025 mostra (da E) o presidente dos EUA, Donald Trump, olhando durante uma reunião com o primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 7 de fevereiro de 2025. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falando à imprensa antes da reunião do Conselho Europeu na sede da UE em Bruxelas em 19 de dezembro de 2024. O presidente russo, Vladimir Putin, realizando sua coletiva de imprensa anual de fim de ano em Moscou em 19 de dezembro de 2024. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em 12 de fevereiro de 2025 que seu colega ucraniano, Volodymyr Zelensky, queria "paz", depois que o presidente dos EUA falou com Vladimir Putin da Rússia sobre negociações para acabar com a guerra na Ucrânia. (Foto da AFP) (AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 21 de fevereiro de 2025 às 10h30.

O Kremlin negou, nesta sexta-feira, 21, que o governo americano seja "pró-Rússia" após duras críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao mandatário ucraniano, Volodymyr Zelensky, a quem ele descreveu como um "ditador sem eleições".

"Não creio, essa é uma impressão errada", disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov.

Ele também lembrou as palavras do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, sobre as opções que Washington está considerando caso Moscou rejeite a proposta de paz de Donald Trump.

Ao mesmo tempo, também expressou se mostrou simpático às críticas contra Zelensky pelo magnata e conselheiro da Casa Branca, Elon Musk, que denunciou a corrupção desenfreada em Kiev.

"Acreditamos que continuar patrocinando esta guerra não é bom. Além disso, a eficácia de tal patrocínio, como agora é reconhecido, é muito, muito baixa. E, em vez disso, cria uma atmosfera repugnante e, de fato, corrupta", afirmou.

Ele enfatizou que "há poucas pessoas que conseguem permanecer indiferentes ao que está acontecendo em torno do regime de Kiev, que descarta a possibilidade de negociações pacíficas e não quer se envolver em pacificação".

Quanto a um futuro encontro entre Putin e Trump, destacou que ambos os lados compartilham a opinião sobre "a necessidade de tal encontro, o que foi confirmado durante as negociações russo-americanas em Riad".

"Há também a decisão de preparar bem esta reunião para que ela seja o mais eficaz possível", disse.

Peskov também negou que em Riad será discutida a retirada das forças da OTAN da Europa Oriental e disse desconhecer possíveis contatos secretos entre Moscou e Washington nos últimos meses na Suíça.

"Temos nossos objetivos relacionados com a nossa segurança nacional e nossos interesses nacionais, e estamos dispostos a alcançá-los por meio de negociações pacíficas", afirmou.

Papel da ONU

Nesta mesma sexta-feira, o Kremlin defendeu o papel da ONU diante dos desafios atuais, apesar de suas "ineficiências óbvias", ao comentar o apelo de congressistas republicanos para que os Estados Unidos deixem as Nações Unidas.

"Continuamos a acreditar no papel de liderança das Nações Unidas e acreditamos que, apesar de todas as suas óbvias ineficiências diante dos desafios modernos, não há alternativa a essa organização", declarou o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, em entrevista coletiva diária por telefone.

Peskov acrescentou que está ciente da iniciativa republicana, embora tenha indicado que não conhece todos os detalhes. "O mais importante é que não há, com toda a probabilidade, nenhuma possibilidade objetiva de criar qualquer tipo de alternativa (à ONU)", enfatizou o porta-voz.

De acordo com os incentivadores da iniciativa legislativa, a organização mundial com sede em Nova York é usada para atacar os EUA e seus aliados.

Os Estados Unidos são um membro fundador da ONU e membro permanente de seu Conselho de Segurança.

O Kremlin tem tido o cuidado de não criticar todas as iniciativas dos EUA desde que o presidente Donald Trump assumiu o cargo em 20 de janeiro.

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