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Kremlin denuncia que militarização da União Europeia está dirigida contra a Rússia

Porta-voz enfatizou que o governo russo prefere métodos político-diplomáticos, mas vai manter a operação militar especial diante da atitude de Kiev

Vladimir Putin, presidente da Rússia (Sputnik/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 7 de março de 2025 às 09h59.

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O Kremlin denunciou nesta sexta-feira que a militarização da União Europeia (UE) está dirigida contra a Rússia e lembrou que Bruxelas considera Moscou "seu principal adversário".

"Toda essa militarização está direcionada, em termos gerais, contra a Rússia", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária por telefone.

Peskov acrescentou que "potencialmente, isso pode ser uma questão de profunda preocupação" para Moscou, que poderia ser forçada "a tomar medidas de resposta apropriadas para garantir sua segurança".

"A retórica e os planos antagonistas que vemos agora em Bruxelas e nas capitais europeias estão, obviamente, em sério desacordo com o espírito de busca de caminhos para uma solução pacífica na Ucrânia", declarou.

O porta-voz enfatizou que a Rússia considera "preferível" atingir seus objetivos por meio de métodos político-diplomáticos, mas, dadas as circunstâncias e a atitude de Kiev, está continuando a operação militar especial "para garantir seus interesses".

Os líderes da UE concordaram na quinta-feira em aumentar os gastos em segurança e defesa para rearmar a Europa diante da "ameaça existencial" representada pela agressão da Rússia contra a Ucrânia e pela reviravolta da postura dos Estados Unidos na guerra desde que Donald Trump retornou à Casa Branca.

A esse respeito, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que os planos da França - o único país da UE com armas nucleares - de estender seu guarda-chuva nuclear aos seus aliados europeus representam "uma ameaça à Rússia" e também rechaçou o plano de paz europeu para a Ucrânia delineado na quarta-feira pelo presidente francês, Emmanuel Macron.

Em particular, o ministro rejeitou a proposta de enviar tropas europeias para a Ucrânia e comparou Macron a Napoleão e Hitler, que invadiram a Rússia e a União Soviética em 1812 e 1941, respectivamente.

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