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Kremlin afirma que assassinato de general russo prova que Rússia está certa na Ucrânia

Porta-voz do presidente acrescentou que Vladimir Putin ofereceu suas condolências pela morte de Kirilov e elogiou o bom trabalho dos serviços secretos russos

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 09h17.

Última atualização em 18 de dezembro de 2024 às 09h19.

O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que o assassinato ontem em Moscou do tenente-general Igor Kirilov, chefe da defesa radiológica, química e biológica da Rússia, prova que Moscou está certa no conflito na Ucrânia.

"Entendemos perfeitamente quem é nosso inimigo e isso (o assassinato de Kirilov) só mostra que estamos certos no contexto da operação militar especial", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, em sua coletiva de imprensa diária por telefone.

Peskov acrescentou que o presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu suas condolências pela morte de Kirilov e elogiou o bom trabalho dos serviços secretos russos.

"Neste caso, nossos serviços especiais e agências policiais trabalharam de forma eficiente e rápida", declarou.

Horas antes, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, ex-KGB) anunciou a prisão do suposto autor do atentado a bomba que matou Kirilov e seu assessor.

De acordo com um comunicado do FSB divulgado por agências de notícia russas, o detido é um cidadão do Uzbequistão nascido em 1995, cuja identidade não foi revelada, que confessou ter sido recrutado pelos serviços secretos da Ucrânia.

Morte de general amplia lista de atentados atribuídos à Ucrânia dentro da Rússia; veja outros casos

O detido viajou para Moscou em nome de seus empregadores, recebeu um dispositivo explosivo de alta potência e o escondeu em um patinete elétrico que estacionou ao lado da entrada do prédio onde Kirilov morava, detalhou o comunicado à imprensa.

Para monitorar a casa do general, o detido alugou um carro compartilhado no qual instalou uma câmera de vídeo wi-fi que transmitia imagens ao vivo para os organizadores do ataque, situados na cidade ucraniana de Dnipro.

O FSB acrescentou que, assim que o detido viu a imagem dos militares saindo pela entrada do prédio, detonou remotamente a bomba que matou Kirilov e seu assistente.

Segundo o comunicado, os serviços secretos ucranianos prometeram ao detido US$ 100.000 (cerca de R$ 610.000) e a oportunidade de se estabelecer em um país da União Europeia.

O Ministério do Interior russo acrescentou que o cidadão uzbeque foi detido em uma vila a 30 quilômetros ao leste de Moscou.

Por sua vez, o canal de Telegram Baza, considerado próximo aos serviços especiais russos, transmitiu um vídeo supostamente do interrogatório do autor do ataque, no qual um jovem confessa que foi recrutado pelos serviços especiais ucranianos para assassinar o general russo.

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